19 Apr 2024

Publicado em TITO COSTA
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Há nesse governo da República um mal estar constante em face dos rumos pretendidos pelo presidente e alguns de seus principais auxiliares, especialmente em integrantes de seu ministério,  até este momento por razões que escapam de sua vontade. A começar pelo principal deles que é o presidente da República. Se dependesse só dele os rumos a traçar para o governo já estaríamos fechados nos estreitos limites da possível liberdade, sobretudo na área  cultural. Alguns de seus ministros, a maioria, estariam prontos para acudir aos desejos do chefe respondendo com a brutalidade de censura ao comando, contido por enquanto, por razões independentes de sua vontade.
Há fatos concretos, e não são poucos, a mostrar o que seria o atual governo se não houvesse um freio nas suas vontades, fundado nas bases democráticas ainda vigentes. Vejamos: no estado da Rondônia, governado por um feroz inimigo das liberdades, foi determinado o recúo anunciado pela Secretaria da Educação de "recolhimento" de uma decisão superior segundo a qual deveriam ser recolhidos, para não chegar aos alunos, livros com conteúdo considerado inadequado. Quem assim os considerou foram diretores e professores e esses livros eram, simplesmente, de autoria de Machado de Assis, Euclides da Cunha, Mário de Andrade, Nelson Rodrigues, Rubem Fonseca, Carlo Heitor Cony  e mais alguns outros. Autores estrangeiros também foram incluídos na lista da censura. Felizmente, o corte não se concretizou por razões que não dependeram da vontade dos censores. Por causa disso, revoltados  eles tentaram punir os autores da decisão de permitir a leitura, no que foram contidos por alguém de inteligência superior à  deles, censores. Bateram à porta do Supremo Tribunal Federal, onde a questão está aguardando julgamento,  pois o Ministro da Educação que patrocina a discussão perante a Justiça tem contra si pedido de impeachment por ter participado da censura, numa atitude  própria de um regime fascista, que parece ser das tendências ministeriais, sem nenhum disfarce.
O ministro da Educação, no caso, é Weintraub que tem se posicionado, à frente da pasta que dirige, de maneira absolutamente  incompatível com as liberdades democráticas ainda vigentes entre nós. Ele pode ser tido como mero faschistoide, mas tem estado atento na censura que lhe seja permitida pelo governo a que serve.
Não obstante essas graves manifestações de sua excelência, o deputado Eduardo Bolsonaro o considera o melhor ministro da educação "de todos os tempos". Dize-me com quem andas ...
E assim seguem de forma inteiramente mal orientada questões fundamentais no campo da cultura, para só ficarmos por aqui, por ora, lamentando o descaso do atual governo por matérias dessa importância  -  e não são poucas.

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