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Publicado em TITO COSTA
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Diz a Constituição que temos três Poderes na República: Executivo, Legislativo e Judiciário, que são independentes um de outro, e harmônicos entre eles. No Brasil, depois da volta ao regime democrático com a atual Constituição de 1986, harmonia é o que tem faltado para a convivência pacífica entre eles, depois da chegada de Bolsonaro à chefia do governo. Quanto à Independência, ele vem se encarregando de desmentir, pois não lhe têm faltado ocasiões para tentar rompê-la. Por ele, e se dependesse só dele, já teríamos uma dependência total de liberdade do poder Executivo sobre o Legislativo e o Judiciário.
Entre os fatos mais eloquentes a insistir quanto à pretendida subserviência destes dois últimos frente ao primeiro, merece destaque a furiosa investida do seu Ministro da Educação (Educação!) Abraham Weintraub ao referir-se aos Ministros do Supremo Tribunal Federal como "vagabundos", numa reunião importante de ministros com outros integrantes do Governo. Disse ele, em reunião oficial com membros do governo do qual faz parte, apontando para o prédio que abriga o STF: por mim eu colocaria esses vagabundos na cadeia!  Dito isso por um ministro do Estado, que mais se poderá esperar de um governo cujo integrante ignora hierarquias e não respeita uns e outros entre os seus próprios componentes.  Um mínimo de compostura há que ser obedecido por quem faz parte de um governo, especialmente numa reunião de trabalho, com repercussão pública.
E esse Weintraub inaugura uma nova postura como ministro sem o mínimo respeito por seus pares, no governo de que é parte integrante - e seguiu adiante, enquanto ali mantido por tolerância e apoio de seu superior hierárquico, o presidente da República.
Aliás, sobre a quebra de sigilo de parlamentares em inquérito para investigação sobre parlamentares e ele ligados, irritado por esse fato esbravejou em "chutar o pau da barraca", linguagem própria de botequim, não de um chefe de Estado!  Imagine-se uma pessoa com tal linguagem, e desejo mesmo de chutar o pau da barraca, ostentar a faixa de presidente da República e com ela e sob ela que jurou respeitar, mostrar tão estranho quanto antidemocrático desejo. Que, do simples desejo partiria para o ato concreto de chutar a barraca, vale dizer, inaugurar ditadura com a qual sonha desde que tomou posse em decorrência de eleição livre e democrática.
Será que seus eleitores, sabedores agora de seus pendores verdadeiros por um governo ditatorial, demonstrados a cada instante pela intenção de "chutar o pau da barraca", ainda votariam nele?  Se puder e se o regime de liberdade democrática o permitir, ele acabará por chutar o pau da barraca. É o que faria, se pudesse. É o que fará, quando se puder.

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