18 Apr 2024

Publicado em TITO COSTA
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Consta de informações estatísticas seguras que a população brasileira está vivendo um processo acelerado de envelhecimento e que o IBGE aponta para um inevitável crescimento de idosos com mais de 60 anos. Até o ano de 2046 um quarto de cidadãos idosos brasileiros somarão um quarto do total de idosos, nessa faixa etária de sexagenários. Ou seja, os atuais 9,8 % subirão cerca de ¼ do total de cidadãos com mais de 60 anos. Chega a ser alarmante esse crescimento de idosos, sem que haja atualmente uma política governamental voltada para o fato e, tanto quanto possível, segura de que não estarão relegados ao deus-dará os “velhotes” que integrarão nossa população. Temos já situações de enfrentamento dessa questão no Estatuto do Idoso tais como gratuidade no transporte público, meia entrada nos cinemas e espetáculos de divertimento cultural, desconto na compra de remédios, mas tais políticas assistenciais poderão não ser suficientes diante de um problema que se avulta entre nós com o passar do tempo. No meu tempo de estudante ginasial, na cidade de Jaú, morava numa pensão onde residia um senhor idoso, com 60 anos, pai da dona da casa. Dizia-nos ele: “velho com sessenta anos tem que mandar matar porque não serve mais para nada. A gente achava graça porque víamos nele uma espécie de avô, mas achávamos exagero da sua parte a colocação radical que nos mostrava a nós jovens estudantes um homem desiludido, sem vontade de viver. Convenhamos que existe um certo preconceito em relação a idosos, embora 60 anos não deva ser considerado idade avançada, mas ainda é. Só que com essa idade a pessoa tem um outro sentido da vida, é mais experiente e mais confiável porque necessitada de um serviço ou emprego que mantém com seriedade e responsabilidade. Não se perca de vista, porém, a realidade de nossos tempos atuais com o avanço da tecnologia, cada vez mais abrangente, eliminando oportunidades de trabalho, de cuja situação serão atingidos os mais idosos – homens e mulheres. Causa tristeza, no entanto, certos comportamentos, inevitáveis, de pessoas que desdenham dos mais idosos, certas tais pessoas de que um dia estarão numa faixa etária em busca de atenção e, se possível, do carinho dos mais moços, inevitavelmente futuros velhos, se chegarem aos 60 ou mais anos de idade.

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