25 Apr 2024

Publicado em TITO COSTA
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Nunca se falou tanto em fundamentalismo como agora, em razão da morte do terrorista muçulmano Bin Laden. Em 12 de março passado escrevi nesta coluna sobre o ódio religioso de certos grupos de muçulmanos fanáticos, lembrando uma advertência escrita em painel bem destacado numa praça de Amã, capital da Jordânia. Escrita em inglês, e traduzida livremente, assim diz o painel: “Qualquer pessoa que se filie a uma religião que não seja a Islâmica, não deverá seguí-la, para que não seja um dos condenados na vida eterna”.  Essa é manifestação das mais radicais em termos de fundamentalismo que, para os cristãos, é doutrina de caráter eminentemente conservador, na defesa dos elementos fundamentais da fé religiosa. No Islamismo, sua essência é esta: só se aceita a forma purista de opção religiosa adotada por elementos da seita radical. Qualquer adesão diferente deve ser aniquilada sem contemplações, exatamente como está escrito no cartaz da cidade de Amã, acima referido.  No caso dos fundamentalistas islâmicos, a saída por eles proposta é a da eliminação pura e simples dos que se opuserem ao seu domínio absoluto. Para o fundamentalista, observa o prof. Miguel Reale, “só pode haver uma democracia válida: a da unanimidade ao redor do mesmo credo, pois se nos arrogamos a prerrogativa de impor aos demais o que nos parece certo, está aberta a porta do fundamentalismo, ficando adrede justificados todos os abusos e desmandos” (Variações Sobre o Fundamentalismo, ensaio publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 08/12/2001).  Lembra ainda o saudoso mestre a universalidade desse fenômeno “que pode ter tanto um fundamento religioso, como político, num fanatismo capaz de perverter e subverter as mais diversas formas de manifestações coletivas”, já apontando Bin Laden entre os lideres fundamentalistas de maior influência. Por tudo que se sabe e, em razão do terrorismo hoje universalizado, conclui-se que o fundamentalismo com seu viés religioso e, sobretudo, político, continua sendo séria ameaça ao mundo e justo motivo de inquietação pelos povos do Ocidente. Especialmente o povo americano declarado como o alvo maior do furor destrutivo de seus tresloucados agentes. A destruição das Torres Gêmeas em Nova Iorque,em 11 de setembro de 2001, foi amostra e advertência do que podem fazer, e prometem que farão, esses perigosos fanáticos.

Tito Costa é advogado, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex- deputado federal constituinte de 1988. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Última modificação em Quinta, 19 Maio 2011 11:51
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