25 Apr 2024

Publicado em TITO COSTA
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Lula manda mais um recado às chamadas “elites brasileiras”. No meio da crise do caso Palocci viajou para o exterior. Parou em Cuba para abraçar os irmãos Castro, velhos companheiros: Fidel o comandante aposentado e Raul, o irmão atualmente no comando da ditadura instalada há mais de cinqüenta anos na Ilha. Depois voou para a Venezuela ao encontro de  Hugo Chávez, o bolivariano socialista que pretende socializar os governos vizinhos.  A recente visita de Chávez ao Brasil, recebida com pompa e circunstância, foi significativa sobre o entrelaçamento da parte esquerda do governo Dilma com o ditador da Venezuela. E a eleição de  OllantaHumalla no Peru desenha o caminho de um certo “lulismo” em marcha por encostas e montanhas das Américas (a Central e a do Sul).  A viagem de Lula foi uma espécie de disfarce de alheiamento em relação à crise brasileira com o “affair Palocci”, o “ex” entrando em campo, já que Dilma mostrara-se incapaz de resolver sozinha o impasse.

Numa versão muito dele de comportamento bipolar, afagava os ditadores ao mesmo tempo em que, como presidente, abria espaços para os ganhadores de dinheiro, as grandes empresas construtoras em contratos com o seu governo e, principalmente, os Bancos. Isso sem se falar do escândalo do mensalão (propinas mensais que o PT entregava a deputados e senadores para conquistar-lhes os votos nas votações de interesse do governo). Na nossa linguagem infantil quando se queria desafiar ou provocar alguém para um entrevero dizia-se “fazer fusquinha” para ele. O Lula está sempre fazendo fusquinha, com a parte esquerda de sua bipolaridade, para os da classe chamada “dominante”. Curioso é notar-se que essa tal classe dominante está agora integrada por grandes expressões do PT, quer estejam em cargos nos governos, quer se situem do lado de fora, mas com penetração e ingerência nos meandros do poder. E assim, o então líder metalúrgico, reconhecidamente competente na arte de fazer política, vai se preparando para uma volta triunfal ao poder, pela via democrática das eleições. Quando puder, e se puder, acabará pondo em campo as idéias e os processos de governar inspirados nas lições dos camaradas Irmãos Castro, de Cuba, e Chávez da Venezuela. Por enquanto, ele apenas faz fusquinha para a sociedade brasileira com os recados embutidos em suas aparentemente inocentes visitas aos ditadores de plantão. O principal virá depois, se puder, como e quando puder.

Tito Costa é advogado, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex- deputado federal constituinte de 1988. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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