24 Apr 2024


Luiz Marinho critica o Supremo Tribunal

Publicado em TITO COSTA
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06/10/12

No auge do desespero ante os resultados já proclamados do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, com as condenações  decretadas contra próceres importantes do PT, esse partido não tem economizado ataques tanto à justiça quanto ao que chamam de "forças conservadoras" que se revelam dispostas a tudo "para golpear a democracia". O tal mensalão que para o partido não passava de invenção da oposição agora povoa as noites mal dormidas dos denunciados e de seus companheiros. Quando o escândalo estourou Lula declarou que se sentia traído e que o PT devia pedir desculpas ao País.
A cada dia um figurão do partido é escalado para verberar contra a atuação do Supremo no julgamento da ação penal nº 470. Recentemente, foi a vez do prefeito de São Bernardo Luiz Marinho o enfant gaté de Lula que foi muito além dos limites na sua ousadia para criticar os ministros daquela Corte. Registra o Diário do Grande ABC em sua edição de 20 de setembro passado que durante caminhada na região do Jardim Ipê, em campanha pela reeleição, Marinho criticou a condução do julgamento do mensalão pelo STF, sugerindo que os ministros deveriam voltar a estudar. Arrogâncias à parte, disse o prefeito, segundo publicado no Diário: "O Supremo está invertendo plenamente (julgamento). Eu recomendaria que eles voltassem para a faculdade para estudar Direito. Eles estão fazendo inversão do ônus da prova, disse". E assim, usando até mesmo terminologia própria do estilo forense, o alcaide petista passou um sabão nos ministros do Supremo muitos dos quais indicados pelo próprio governo do PT.  Se estivéssemos na Venezuela com o ditador Hugo Chávez, amigo de Lula, que controla a justiça com mão de ferro, esse processo já teria sido arquivado sem julgamento. E se dependesse de Marinho e de outros tantos petistas descontentes com o andar do julgamento do mensalão, também o arquivamento teria sido inevitável. Mas isso é pura ilusão pois a independência do poder judiciário aqui é uma grata realidade e garantia de segurança para todos no verdadeiro Estado de Direito que vivemos à sombra da Constituição de 1988.
O ministro Celso de Mello, decano daquela Alta Corte, criticando a estratégia do PT de dizer que o mensalão não passou de caixa dois, sentenciou do alto de sua indiscutível respeitabilidade: "São eles, corruptores e corruptos, os profanadores da República, são delinquentes e marginais da ética do poder e trazem a marca e o estigma da desonestidade" (transcrito da Folha de S. Paulo, ed. de 02/09/12). Ainda insistem em negar a existência dessa vergonha nacional chamada mensalão.

Tito Costa é advogado, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex- deputado federal constituinte de 1988. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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