MIRANTE

09 de Julho de 2022

Desinteresse
O desinteresse do brasileiro pelas eleições e pelo voto cresceu em todo país, nos últimos pleitos, em especial no sudeste do país. O fenômeno é chamado de alienação eleitoral, que trata-se da soma das abstenções passiva (quando o eleitor não comparece à votação) e ativa (total de brancos e nulos). De 2006 a 2018, o índice saltou sete pontos porcentuais nas eleições presidenciais e passou de 18% para 25%. Os dados são da Justiça Eleitoral e foram coletados e sintetizados no estudo Alienação Eleitoral no Brasil Democrático, pelo Instituto Votorantim.

Desinteresse I
O sudeste obteve maior crescimento. A taxa de eleitores que não foram às urnas passou de 17,2% para 21,6% no período. Os votos brancos e nulos saltaram de 7% para 9,4%. Em relação à escolha por deputados federais, em todo o País, o crescimento foi de dez pontos, passando de 27%, em 2006, para 37%, em 2018. As eleições para senador são as que apresentam a maior taxa de alienação, com 26,4%. Em 2006, 32,7% dos eleitores aptos a votar deixaram de escolher um senador.

Reeleição
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já afirmou que, caso vença as eleições presidenciais neste ano, não irá disputar a reeleição em 2026. “Com 81 anos, gostaria de ficar fazendo três coisas: namorando, pescando e cuidando dos netos”, disse. Vale lembrar que o principal adversário do petista nas urnas, Jair Bolsonaro (PL), enquanto candidato, em 2018, defendeu o fim da reeleição e a redução do número de congressistas. Bolsonaro, mesmo após ser eleito, em entrevista à TV Bandeirantes, em outubro de 2018, defendeu a possibilidade de não concorrer à reeleição.

Hegemonia
Cinco capitais brasileiras têm se mantido fiéis ao petismo, nos segundos turnos das eleições presidenciais, desde 2002. São elas: Salvador (BA), Teresina (PI), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Recife (PE). Os dados são de pesquisa elaborada a partir da plataforma Geografia do Voto, uma parceria entre o jornal Estadão e a agência Geocracia.

Plano de governo
A doutora em economia Zeina Latif, atual secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, coordenará a elaboração do plano de governo da campanha ao governo de São Paulo de Rodrigo Garcia. O anúncio foi feito por Rodrigo durante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na segunda (4). Zeina tem 54 anos, é doutora em economia pela USP e no currículo, ela traz passagens como economista-chefe da XP Investimentos. Ela contará com o apoio do diretor-executivo da Fundação Seade, Bruno Caetano.

Diálogo
O PSD de Gilberto Kassab oficializou, na quinta (7), o apoio à pré-candidatura bolsonarista do ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Governo de São Paulo. O ex-prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, foi o nome indicado pelo PSD para ser vice na chapa de Tarcísio. Ramuth, em outubro último, junto ao prefeito Paulo Serra (PSDB), organizou, em São José dos Campos, evento da pré-campanha do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para as prévias do PSDB.

Diálogo I
Já o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), que é um dos coordenadores da campanha de Tarcísio, esteve em São Caetano, em dezembro último, na posse do prefeito José Auricchio Jr (PSDB). Na ocasião, o tucano disse à Cezinha: “Não sei se vou conseguir retribuir a sua generosidade, lembrarei por todos os dias da minha vida”.

Visita
O prefeito do Recife (PE), João Henrique Campos (PSB), acompanhado pela namorada e deputada federal, Tabata Amaral (PSB), estiveram, no domingo (3), em Santo André, onde foram recebidos pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) e pela pré-candidata a deputada estadual Ana Carolina (Cidadania), para conheceram o projeto Moeda Verde, promovido pelo Fundo Social de Solidariedade.

Eleições
O presidente do PT no Estado de São Paulo e pré-candidato a deputado federal, Luiz Marinho (PT), em visita à redação da Folha, revelou que será o coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT), para o Governo de São Paulo. “Estamos seguros de que a candidatura do Haddad é muito sólida. Ela representa para São Paulo, o que o Lula representa para o Brasil, a esperança”, conta. Marinho afirmou que respeita todos os adversários, mas que: “é evidente que uma candidatura que representa o bolsonarismo no Estado carregue os adeptos seguidores doentios do Bolsonaro, também é preciso respeitar a máquina do Estado, do atual governador, que fala que é novo, mas de novo não tem nada”, avaliou.

Eleições I
Marinho não poupou críticas aos tucanos, o atual governador Rodrigo Garcia e ao ex-governador, João Doria (PSDB). “Rodrigo governa desde o primeiro dia do mandato do Doria. O Doria nunca governou. Ele tercerizou quando foi prefeito, quando foi governador. Quando foi prefeito construiu a candidatura para governador e quando foi governador construiu a candidatura para presidente que ele fracassou. Então, essa dupla Doria e Rodrigo são os grandes responsáveis pela tragédia de fechamento de empresas do Estado de São Paulo, pela transferência de empresas para outros Estados, pelo atual momento de sofrimento da economia paulista”, enfatizou.

Decreto
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), assinou, na terça (5), decreto que permite que advogados reconheçam autenticidade de documentos em processos. A demanda é da diretoria da OAB subsecção de São Bernardo. A cidade é a primeira do ABC a oficializar a medida, que já está em vigor na Capital e em Santa Catarina. Agora, advogados passam a ter fé pública e estão autorizados a autenticar documentos, assim como cartórios.