Fabio Picarelli Opinião

100% de coleta seletiva em Santo André

Há mais de 20 anos Santo André comemorava 100% da coleta seletiva graças à uma série de ações implantadas pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) com a ajuda dos moradores.
Pioneiro na região, Santo André foi a primeira cidade do Estado de São Paulo a implementar o serviço dentro de todo o seu território. O Programa de Coleta Seletiva começou em 1997, na Vila Pires. O projeto piloto previa a coleta de resíduos secos porta a porta, evitando que 200 mil toneladas de materiais como metal, papelão, plástico e vidros fossem jogados no Aterro Sanitário e fossem reaproveitados pelas indústrias.
Ao longo dos anos foi sendo aperfeiçoada. Em 2000, a coleta seletiva já atingia 100% do município. Isso não era suficiente. Era necessário ampliar o índice de reaproveitamento dos recicláveis, que estava em torno de 12% apenas em 2017. Campanhas educativas, implantação de programas socioambientais como o Moeda Verde (troca de recicláveis por hortifrúti), Moeda Pet ( troca de garrafas PET por ração para cães e gatos) e Meu Condomínio Recicla (separação de resíduos em prédios residenciais), aliadas à construção de Estações de Coletas nos bairros e a formação de duas cooperativas de reciclagem, ajudaram a aumentar a vida útil do aterro.
O caminhão de coleta seletiva passa uma vez por semana em todos os bairros, exceto no Centro e na Casa Branca, onde circulam diariamente pela alta demanda de resíduos produzidos. Resíduos úmidos e recicláveis (secos) são recolhidos em dias diferentes.
No link:semasa.sp.gov.br/residuos/coleta-domiciliar-2/dias-e-horários-de-coleta/ é possível consultar dias e horários dos serviços em cada localização.
Mas, você sabe como separar os materiais antes de descartá-los?
Conforme a resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 275/2001, existe um código de cores para diferentes tipos de resíduos. Os mais populares são: azul- papéis e papelões; verde – vidros; vermelho – plásticos; e amarelo – metais. A paleta de cores inclui ainda o marrom – resíduos orgânicos; o preto- madeiras; o cinza – materiais não reciclados; o branco – lixo hospitalar; o laranja – resíduos perigosos; e o roxo – resíduos radioativos. Materiais como pilhas, baterias, óleo usado e rolhas geralmente são entregues em campanhas específicas ou as empresas que trabalham com esses produtos recebem de volta depois de utilizados. Lixo como papéis sanitários, engordurados, plastificados, etiquetas adesivas, carbono, parafinados, fotografias, celofanes, guardanapos e bitucas de cigarros não podem ser reciclados.
Siga essas dicas para realizar a coleta seletiva em sua casa: limpar e secar as embalagens para evitar a proliferação de insetos; embalar os materiais de acordo com o padrão de cores; e não amassar os papéis. Dessa forma você estará ajudando a preservar o planeta, exemplo seguido pelo grupo Plantar Hoje para Colher Amanhã. Calcula-se que até 2025 serão produzidos mais de 2,2 bilhões de toneladas de lixo, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pruma).

Adicione um comentário

Clique aqui para adicionar um comentário