
Já não é novidade, em grandes centros urbanos, o trânsito intenso nas primeiras horas do dia e no fim da tarde, horários em que muitos brasileiros estão indo para o trabalho e voltando para casa, respectivamente.
A realidade é justificada pelo intenso número de carros nas ruas e a preferência do brasileiro em usar o automóvel para deslocamento para o trabalho. De acordo com pesquisa divulgada este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o carro é usado por 32,3% dos trabalhadores, seguido por ônibus (21,4%), a pé (17,8%) e por motocicleta (16,4%).
Em valores absolutos, 48,9 mi-lhões de pessoas usam meios de transporte motorizados, sendo 22,6 milhões de pessoas usam o automóvel, 14,9 milhões o ônibus; e 11,4 milhões a motocicleta.
O estudo considerou 76,6 milhões de pessoas ou 88,4% da população, o total de brasileiros ocupados, e foi baseado no Censo 2022. Inti-tulada “Censo 2022: Deslocamentos para trabalho e para estudo – Resultados preliminares da amostra”, a pesquisa, segundo o analista do estudo, Mauro Sergio Pinheiro, é fundamental para o planejamento urbano em diferentes níveis territoriais. “São estatísticas que podem contribuir para melhorar a qualidade de vida da sociedade”, afirma Pinheiro.
O analista ressalta que o cenário reflete um descompasso entre o crescimento urbano e a oferta de transporte público, além do histórico do Brasil em privilegiar rodovias para integração das cidades e regiões.
A preferência do brasileiro pelo carro é devida, em algumas cidades, à ausência de transporte público de qualidade, poucas linhas ou ausência de transporte metroferroviário.
Nesse sentido, no ABC, o trânsito deve melhorar nos próximos anos, com a chegada do Metrô e a inauguração do BRT-ABC, que ligará as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá à Capital, com ônibus que circularão em faixa exclusiva.
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