Comodidade e flexibilidade de horários e mensalidades mais baratas são os grandes atrativos que fazem os jovens optarem pelo Ensino a Distância (EAD). A modalidade vem ganhando força no país e, pela primeira vez na história, o Brasil registrou mais alunos em cursos de graduação a distância do que na modalidade presencial.
Segundo o Censo do Ensino Superior 2024, divulgado na segunda (22), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação (MEC), dos 10,22 milhões de estudantes do ensino superior no país no ano passado, 5,8 milhões estavam matriculados em EAD, o que corresponde a 50,75% do total.
Em 2024, mais de dois terços dos ingressantes no ensino superior (67%) optaram por cursos EAD, o que representa mais de 3,34 milhões de novos alunos. O número cresce a cada ano.
Em 2019, por exemplo, foram 1,59 milhão de ingressantes em EAD. Em 2021, ano da pandemia, saltou para 2,47 milhões. Embora o número de ingressantes na modalidade seja alta, o número de pessoas que concluíram o curso ainda é baixo. Ano passado, apenas 604,7 mil se formaram em algum curso à distância.
Em relação aos cursos presenciais, o número de ingressantes diminuiu 30% desde 2014. Naquele ano, foram 2,38 milhões de novas matrículas. Já em 2024, o número passou para 1,66 milhão.
Com a alta procura pelo EAD, instituições têm aumentado a oferta de cursos. Se em 2014, eram oferecidos apenas 1,3 mil cursos na modalidade, em 2024 foram ofertados cerca de 11,3 mil cursos EAD. Entre os cursos com maior número de vagas estão as áreas de Negócios, Administração e Direito (33,95% das vagas), Educação (23,84%), Saúde e Bem-estar (11,66%) e Computação e Tecnologias da Informação e Comunicação (9,38%).
O presidente do Inep, Manuel Palacios, analisa que o alto número de alunos matriculados no ensino a distância é uma conquista positiva para o país. “Uma parcela importante da população teve acesso à educação superior por meio de novas tecnologias. A educação a distância (EaD) proporcionou a ampliação da oferta e atendeu estudantes que, de outra forma, não teriam acesso à educação superior”, afirmou Palacios.
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