
Há 81 anos, São Bernardo recebeu o cognome de “do Campo”. Antes, quando as terras do município compreendiamele próprio e, ainda: Santo André, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – toda a região que os abrangia se chamava São Bernardo. Tudo começou a mudar quando, por decisão do governo estadual, em 1939, a sede do governo, que ficava em São Bernardo, passou a ser em Santo André e São Bernardo passou a ser apenas um subdistrito.
Inconformados com este rebaixamento, os são-bernarden-ses resolveram lutar por sua autonomia. Foram quase seis anos lutando para que a cidade dei-xasse de ser “villa”. Muitos moradores se engajaram na luta, entre outros: comerciantes, industriais, profissionais liberais, funcionários públicos estaduais, empregados de prestação de serviços. Músicos e até a igreja – na época o Padre Jeronymo Angeli, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, conclamou os fiéis e se engajaram no movimento que se chamou Sociedade Amigos de São Bernardo.
Foram muitos os habitantes que se dedicaram, mas não ti-nham um líder com força política e financeira até que conseguiram que o banqueiro Wallace Simonsen, homem de muito prestígio nas altas esferas politicas os lide-rasse. Assim em 30 de novembro de 1944, a cidade conseguiu sua autonomia e tornou-se São Bernardo do Campo e Simonsen foi eleito seu primeiro prefeito.
Dias depois foi realizada uma missa de ação de graças na escadaria da Matriz e, sobre esta ocasião padre Jeronymo escreveu no livro do Tombo:“… É oportuno di-zer que a nossa paróquia teve papel de destaque nesta árdua bata-lha e o Sr. Simonsen,comentando a magnificência da cerimônia, vivamente animado pela exemplar união de nossa gente, propôs-se a trabalhar para que um dia São Bernardo vivesse sua vida administrativamente independente.”

















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