José Renato Nalini Opinião

Não haverá outra oportunidade

É muito pouco provável que uma outra COP, o grande encontro promovido pela ONU para debater questões ambientais e climáticas, tenha por sede o Brasil. Por isso, a oportunidade para refletir sobre a situação do mundo e, principalmente, de nosso País, nosso Estado e nossa cidade quanto às crises decorrentes do aquecimento global é agora.

 Impõe-se a todas as pessoas providas de consciência, disseminarem a ideia de que salvar o planeta não significa proteger este astro tão vulnerável e sofrido, mas o que está em jogo é toda espécie de vida. Principalmente a vida humana.

Os maus tratos infligidos ao ambiente, durante séculos, mas agravados com o crescimento demográfico, a intensificação do uso de combustíveis fósseis, o descaso e a omissão geraram uma situação aflitiva. As ondas de calor estão matando mais do que as ondas de frio. Os fenômenos extremos ocorrem com frequência maior. Até a meteorologia foi afetada, já que as previsões padecem de falhas decorrentes do agravamento das condições climáticas.          

  É o momento certo para despertar em todos, principalmente nas crianças e na juventude, um espírito de fraternidade planetária. A responsabilidade por não consumir demais, não desperdiçar demais, não descartar demais. A produção de resíduos sólidos é um fator nefasto: polui o solo, a atmosfera e a água. Vai convertendo o planeta num grande depósito de lixo.

Todos podemos comprar menos, gastar menos, jogar menos coisas fora. Por sinal, que não existe a noção de “jogar fora” quando se trata de lixo. Tudo o que se joga fica dentro da Terra, o único planeta que temos para continuar a existir.

Economizar água e energia, andar mais a pé, de bicicleta ou de transporte coletivo, ajuda a deixar o ar mais respirável e não aquela atmosfera venenosa que somos obrigados a aspirar diuturnamente, diante de uma civilização que mais atende ao automóvel – o mais egoísta dos veículos – do que às pessoas.

O momento é agora. A COP 30 será em novembro, em Belém do Pará. Só que 85% da população brasileira reside nas cidades. Estas é que devem se preocupar com as emergências climáticas, pois a violência das intempéries costuma castigar mais as conurbações do que as florestas.

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