Não é força de expressão. Estamos acelerando o nosso destino rumo ao fim. O aquecimento do planeta é uma realidade constatada pela ciência e se 2024 foi um dos anos mais quentes da História, nada indica mudança de rota em 2025.
Já ultrapassamos o 1,5ºC médio de aquecimento da Terra e descumprimos o Acordo de Paris. Como se nada fosse um distrato explícito daquilo que se considerou de relevância extrema em 2015.
O Brasil sente isso com as inundações do Rio Grande do Sul em 2023 e em 2024, os deslizamentos em São Sebastião, os incêndios em todos os biomas, inclusive no Estado de São Paulo. A Amazônia registrou a maior seca dos últimos anos e até o Pantanal, a região mais úmida do planeta, ficou sem água. Para quem não se lembra, a capital recebeu 125 mm de chuva em duas horas no dia 24 de janeiro de 2025, véspera de seu aniversário. Isso mostra o quão urgente é a adaptação das cidades para o enfrentamento das respostas da natureza aos maus tratos recebidos.
Todas as cidades precisam saber gerenciar as crises e reforçar sua defesa civil, chamando voluntários e brigadistas, pois é assim que funciona em países mais adiantados. A conscientização de toda a população, a capacitação de profissionais em adaptação climática, a disseminação do conhecimento sobre as urgências derivadas da traumática mudança do clima, tudo isso é para ontem.
Quem não souber o que fazer, pode começar por examinar a Lei 14.904, de 27.6.2024, que dispõe sobre diretrizes para a elaboração de planos de adaptação à mudança do clima.
Mas existem receitas já comprovadas em outros países: aumentar a arborização. Formar florestas urbanas e bosques em todos os espaços disponíveis. Formar a consciência cidadã para que se consuma com moderação, se desperdice menos e se produza o mínimo de resíduos sólidos.
São as soluções baseadas na natureza, que é sábia e mestra. E que nós desrespeitamos continuamente, sacrificando-a e cavando a nossa própria sepultura. Não foi para isso que nascemos. Criemos juízo e nos convertamos. Ser ecologista, ser ambientalista, ser cidadão verde hoje em dia é necessidade. Sem isso, o que será de nós?
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