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Exportação de carros chineses para o Brasil sobe 37,2%

Somente no primeiro semestre deste ano, 70.965 unidades chegaram ao país (Foto: Divulgação/BYD)

A presença dos produtos chineses no mercado brasileiro avança e já afeta também a indústria automotiva. Enquanto as vendas de veículos nacionais cresceram apenas 2,6% no primeiro semestre, o número de veículos importados vendidos no Brasil aumentou 15,6%.

   Em comparação com o primeiro semestre de 2024, as vendas de veículos leves nacionais caíram 10% no varejo, enquanto os modelos vindos da China representaram 6% do mercado brasileiro. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

   A China foi o país com maior crescimento nas exportações de veículos para o Brasil, com alta de 37,2% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 70.965 unidades que chegaram ao país em 2025. Segundo a Anfavea, hoje, há mais de 110 mil veículos chineses em estoque no país e de acordo com projeção da Associação, a China será responsável por aproximadamente 200 mil veículos importados emplacados no Brasil em 2025.

   “É cada vez mais evidente que estamos recebendo um fluxo perigoso de veículos chineses para o nosso mercado, com um Imposto de Importação abaixo da média global. Não ficaremos passivos com a interrupção de um projeto de neoindustrialização do país e com o avanço de propostas, como essa de redução da alíquota para montagem de veículos semi-desmontados, que não geram valor agregado nacional e geram pouquíssimos empregos”, afirmou o presidente da Anfavea, Igor Calvet.

   Em relação à produção do primeiro semestre, houve alta de 7,8% em comparação ao mesmo período de 2024. A produção acumulada no semestre foi de 1.226,7 mil unidades. A alta pode ser devido ao aumento de 59,8% nas exportações (264,1 mil unidades). Segundo análise da Anfavea, quase todo o crescimento das exportações se deve à recuperação do mercado argentino, o que coloca o Brasil numa situação de maior dependência do país vizinho para manutenção dos bons níveis de exportações, já que não houve altas relevantes nos envios para outros países.

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