
O Brasil registrou aumento de 141% nas vendas de ônibus elétricos no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2025, foram emplacadas 306 unidades em todo o país. Em junho, 34 ônibus elétricos entraram em circulação, um crescimento de 278% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Dos 306 novos veículos, 275 estão em operação no município de São Paulo, representando 90% do total. Além de São Paulo, outras cidades do Estado avançaram na eletrificação de suas frotas no primeiro semestre deste ano. É o caso de São Bernardo, com 11 ônibus elétricos emplacados no período, seguido por Ribeirão Preto (4), Campinas (2) e Barueri (1).
São Paulo lidera a eletrificação do transporte público com ampla vantagem, com frota de 15 mil ônibus elétricos, seguida por algumas capitais do Centro-Oeste e Nordeste.
O país conta, hoje, com dez fabricantes de ônibus elétricos. A Eletra, instalada em São Bernardo, é responsável por 34,3% das vendas no período, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). A empresa é a que oferece a maior gama de modelos de ônibus elétricos no Brasil, de acordo com a ABVE. As opções vão desde de veículos de menor porte até superarticulados e o E-Trol, tecnologia exclusiva no Brasil que combina rede área com baterias.
A Eletra forneceu, recentemente, “trólebus puros” de 21,5 metros para o Corredor Metropolitano ABD, que liga a cidade de São Paulo a municípios do ABC. A empresa, inclusive, está no processo de conversão de ônibus articulados a diesel, que estavam chegando ao fim da vida útil, em trólebus também para o Corredor ABD.
Segundo a diretora-presidente da Eletra, Milena Braga Romano, a origem da marca, que é de um grupo que opera transportes coletivos há mais de 100 anos no Brasil, ajuda a explicar a escolha em diversificar cada vez mais a gama.
“Não só estamos próximos, mas vivemos a realidade dos operadores de transportes. O Brasil é muito grande. Numa mesma cidade são vários contextos e características diferentes. Por isso, é necessário que uma só empresa de ônibus tenha vários tipos de operações. E graças à Eletra, isso é possível deixando os ônibus elétricos no mesmo patamar de flexibilidade quanto a configurações disponíveis que os movidos a diesel”, afirma Milena.
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