A Sociedade Esportiva Palmeiras enfrenta disputa com o grupo WTorre por 29 itens do contrato feito entre eles para a construção e operação do Allianz Parque, em São Paulo. O principal motivo da briga é a propriedade sobre o direto de comercializar ingressos para os 43,2 mil lugares da arena. Segundo Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, a construtora só é dona de 10 mil assentos. Já, Paulo Remy Gillet Neto, presidente da WTorre, afirma que são 13,2mil lugares e que a disputa está longe de acabar.
De acordo com o contrato estabelecido entre eles, a WTorre arca com todas as despesas da construção e da utilização da arena, como água, luz e segurança. Em contrapartida, a incorporadora tem participação nas receitas geradas na arena, exceto na venda de ingressos para jogos do Palmeiras.
Se por um lado o Palmeiras já recebe pelos ingressos vendidos com jogos em casa, por outro parte do faturamento do clube é repassado a WTorre. Daí a disputa pela propriedade legal desse ativo. O presidente do Palmeiras garante que o clube poderá seguir com seu programa de sócio torcedor e faturar R$ 1 bilhão em 30 anos, independente de mudanças nos planos da incorporadora. Já o presidente da WTorre, afirma que o Palmeiras teve rejeição na câmara em 24 dos 29 itens questionados no contrato e que ainda não foi decidido que o clube pode comercializar essas outras cadeiras. A briga continua.