Os jornais continuam a cuidar da Amazônia, mas o governo federal se coloca indiferente a esse problema que é de importância fundamental como fonte permanente de poder e de riqueza para o país e para o mundo. Isso leva à ação dos governos locais em face da indiferença do governo central em defesa e conservação dessa fonte de riqueza que interessa a toda a humanidade. Assim é que os governadores da área em que se estende o valor e a importância desse patrimônio da humanidade estão atentos à questão juntamente com o empenho de delegações de países como França, Alemanha e Noruega na conferência da ONU sobre o clima que busca regulamentar o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Essa reunião se deu entre os dias 2 e 13 deste mês de dezembro.
Diz o informe sobre o assunto que para facilitar a interlocução direta sem passar pelo governo federal os integrantes da reunião articularam junto a parlamentares uma carta defendendo o protagonismo dos estados amazônicos nos repasses das verbas negociadas na COP 25. Segundo essa nota sobre o encontro importante nosso ministro do meio ambiente Ricardo Salles não assinou o documento que citava uma “autorização para que o Consórcio Interestadual da Amazônia e os estados associados possam captar junto ao mercado internacional”. O governador do Amapá, presente ao encontro, falou que poderiam receber doações sem informá-las ao governo federal “porque há uma cultura de diplomatas afim de manterem as conversações entre os representantes nacionais”. Isso significa dizer que nesse esforço conjunto de países para a defesa da Amazônia dispensa-se a atenção de autoridades do Brasil que pouco estão ligando para tão séria tarefa de interesse para toda a humanidade. O governo brasileiro, entanto, firma-se indiferente ao assunto. É lamentável. Mas, com o cuidado para não interferir na ação do governo (ou no descaso do governo) afirma esse documento que a amizade entre França e Brasil é maior que meras “questões políticas”. É triste para nós brasileiros termos de reconhecer e lamentar tamanha indiferença das autoridades do Brasil para essa causa que diz com o futuro climático tão desconsiderado pelo nosso governo atual. Indiferença criminosa na medida em que a questão amazônica diz respeito ao futuro de gerações que não têm condições para interferir diretamente na ajuda para suprir a ausência de nossas autoridades responsáveis.