Morreu o pai deles, Francisco José de Camargo, em hospital de Goiânia, Estado de Goiás. Foi ele o responsável pela criação da dupla sertaneja famosa, e foi ele que impulsionou a carreira dos filhos, colhendo depois por alguns anos o seu sucesso até o dia de sua morte, ocorrida aos 83 anos de idade. Homem simples da cidade de Pirenópolis, interior de Goiás, acompanhou e incentivou sempre o objetivo de seus filhos, ainda hoje atuantes sempre com êxito entre as duplas sertanejas, tanto na TV como em shows por este Brasil afora. Além do sucesso nos palcos, a dupla tornou-se mais famosa em razão do filme chamado “Os Filhos de Francisco”, dirigido por Breno Silveira, assistido por milhões de brasileiros, um sucesso total em todas as cidades onde foi (e continua sendo) exibido. Calcula-se que o filme foi e segue sendo assistido por mais de 5 milhões de brasileiros.
Uma música “É o Amor” exibida pelo filme continua um sucesso especialmente em rádios no interior de todo o Brasil. O filme faz lembrar as dificuldades para a carreira, depois brilhante, dos irmãos filhos de Francisco que os lançou para o sucesso e para a riqueza, que lhes trouxe a sorte com a música. O casal teve mais oito filhos e a mãe dona Helena sempre participou da alegria de tantos filhos puxada pelas vozes daqueles dois famosos da dupla de sucessos.
Conta-se que quando Zezé de Camargo nasceu, seu pai Francisco falou a sua mulher que precisavam fabricar a segunda voz, e vieram mais oito, das quais só duas vingaram para a alegria dos pais e a melhoria de suas contas bancárias.
Agora, depois da morte do pai, conta-se que ao nascer Zezé o pai achava que tinha composto a dupla. E acertou.
Os dois irmãos da dupla ajudaram os pais a cuidar de toda a prole, graças ao sucesso de “É o Amor”. E foi mesmo graças ao amor entre os pais bafejados pela melodia que a sorte fez morada na casa simples da pequena Pirenópolis. Depois ecoando para o mundo, graças a alegria de uma família simples, e favorecidos por recursos do sucesso que os encheram de contentamento e muita satisfação.
Conta-se que ao completar dezoito anos Zezé disse ao pai que não queria mais estudar e queria ser cantor, ao que lhe respondeu o pai que seguisse o seu caminho. Ele foi obediente e seguiu a sugestão do pai. Ainda bem. E deu no que deu.