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“Brasil atravessa uma conjuntura econômica bastante positiva”, diz presidente da Febraban

Alexandre Padilha, Isaac Sidney e Fernando Haddad (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na quarta (16), representantes dos principais bancos privados do Brasil. Da conversa no Palácio do Planalto saíram um consenso, um desafio e uma demanda atendida. O consenso: a economia nacional vive bom momento, com crescimento além das expectativas, geração de emprego em alta e inflação sob controle. O desafio: o equilíbrio das despesas, que vem sendo tratado pela equipe econômica com uma série de medidas desde o início da gestão. E o pedido atendido: a criação de um Grupo de Trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão) específico para debater causas e saídas para os altos juros no país.

“O Brasil atravessa um momento de conjuntura econômica bastante positivo, favorável, com atividade econômica crescendo num patamar elevado, inflação sob controle, que ainda vem a ensejar cuidados por parte do Banco Central, mas acreditamos que esse é o momento de aproveitar a janela para que a gente possa, do ponto de vista estrutural, atacar alguns problemas importantes”, disse Isaac Sidney, presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em declaração à imprensa após o encontro, do qual também participaram os CEOs do Itaú, Milton Maluhy, do Bradesco, Marcelo Noronha, do Santander, Mario Leão, e o presidente do Conselho de Administração do BTG, André Esteves, além do presidente do Conselho Diretor da Febraban, Luiz Carlos Trabuco.

Sidney ressaltou que já vinha dialogando com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) sobre a possibilidade de criação de um grupo no Conselhão para diagnosticar as causas que fazem com que as taxas de juros sejam tão elevadas no país. “Hoje reiteramos com o presidente Lula, que autorizou que formalizássemos uma frente, um fórum para debater as causas elevadas dos juros bancários”, completou Sidney. Ele definiu o encontro como um diálogo franco e aberto e sustentou que não interessa aos bancos o país ter taxas elevadas. “Quanto mais altos forem os juros bancários, maior o risco de crédito e a inadimplência. O que queremos é um ambiente de crédito sadio, que possa permitir condições favoráveis para famílias e empresas”.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, o encontro foi uma oportunidade de ressaltar o empenho do Governo Federal na aprovação de uma série de medidas com impacto importante, como o arcabouço fiscal, a reforma tributária e do marco legal das garantias de empréstimo no Congresso Nacional. “Isso permitiu já uma redução do custo do crédito no nosso país. Reafirmamos também a prioridade do governo de trabalharmos para concluir a regulamentação da reforma tributária do consumo até o fim deste ano”, completou.

Ele ressaltou que a criação do grupo de trabalho comprometido com a redução do custo do crédito no Conselhão deve ser efetivada ainda em outubro e terá participação, além da Febraban e de bancos privados e públicos, de integrantes do Ministério da Fazenda e do Banco Central.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resumiu as quase duas horas de conversa da seguinte forma. “Foram essas três pautas. O balanço muito positivo da economia brasileira até aqui, desafios importantes relatados pela Febraban e as perspectivas da economia brasileira, que todo mundo reconhece que são animadoras se continuarmos essa agenda importante como a que estamos mantendo desde antes da posse”.

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