O renomado pianista brasileiro, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, desde logo aos seis anos de idade começou a tocar piano, demonstrando toda vocação para essa arte. Seguiu orientação familiar de tradição militar, o que muito influenciou na sua vida toda, desde os primeiros tempos e lhe impregnou a mente com o nacionalismo pátrio.
Foi um estudante aplicado, mas no piano entregou-se de corpo e alma seguindo a carreira musical com bastante convicção, entusiasmo e por ser dotado de grande talento, pois os que o rodeavam vislumbravam que se tornaria uma grande estrela. Matriculou-se na escola musical da Profa.
Marguerite Long, considerada a mestre dos mestres, o que muito lhe valeu pelo fato de tal ensinamento recebido abriu-lhe as portas do sucesso, visto ser considerado componente de uma geração de brilhantes pianistas brasileiros. Nesse tempo teve namoro com a argentina Martha Argerich, a famosa e destacada pianista de fama internacional, de quem recebeu novas descobertas de acordes e experiências na música clássica. Nesse tempo, alcançou o segundo lugar no concurso internacional em Varsóvia, capital da Polônia, em 1965, sobre a obra de Frederic Chopin.
Igualmente, brilhou em Leeds, na Inglaterra, e Tchaikovsky, em Moscou, na Rússia, e no Brasil, tornou-se um especialista reconhecido em Villa Lobos, conquistando a critica internacional. O seu virtuosismo de notável intérprete do grande repertório romântico, foi muito elogiado por sua extraordinária beleza de sua sonoridade, com bastante alarde e reconhecimento da crítica mundial.
As gravações dos Noturnos de Chopin, foram consideradas pela crítica norte-americana como o mais importante registro pianístico do ano. O Dominic Gill do Financial Times, dizia que o nosso consagrado pianista sabia e dominava tudo sobre o piano romântico, como se com o instrumento falasse. Ao lançar LPs, ainda com a comoção da morte de Jacob do Bandolim, e o aparecimento do grupo jovem do choro, com os discípulos de Radamés Gnatalli, ainda com Rafael Rabelo, foi concluído um novo gênero com grande visibilidade. Tinha muita afeição por Ernesto Nazareth e seus choros, convivendo em vida com o famoso compositor, e mesmo após a sua morte continuou com a veneração que tinha por ele, sempre interpretando e gravando as suas obras. Nesse tempo todo de grandes sucessos de apresentações, inovou na sua carreira ao adquirir um caminhão e nele instalando um piano, cujo projeto recebeu o nome de ”Arthur Moreira Lima – um piano pela estrada”.
Visitou os mais longínquos rincões brasileiros, interpretando as mais variadas canções consagrando-se de vez no coração dos brasileiros, pois traçou um roteiro diário de norte a sul e apresentando-se às mais variadas camadas nas cidades, mesclando popular e erudito, rodando perto de 300.000 mil quilômetros, declarando-se um vitorioso por essa realização. Era chamado de o Pelé do piano. Há dez anos escolheu Florianópolis para viver, nunca se esquecendo do seu inconfundível piano, sempre praticando atos de benemerência, lá falecendo de doença perniciosa, aos 84 anos. Pelo que praticou no piano, pelas obras, títulos e prêmios que alcançou, foi um pianista e músico que arrebatou plateias no mundo todo, sempre muito ovacionado foi considerado o maior intérprete der Chopin.
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