
O prefeito de Diadema, Taka Yamauchi, nesta segunda (27), apresentou à imprensa o Plano de 100 dias de sua gestão. Na ocasião, acompanhado dos secretários de Finanças, José Luiz Gavinelli, e de Administração e Gestão de Pessoas, Kiko Teixeira, Taka também apresentou um balanço de como estava a Prefeitura quando assumiu o posto.
“Está sendo uma transição difícil. Nosso maior desafio é alcançar o equilíbrio fiscal. A dívida de Diadema, hoje, pode chegar a R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 2,5 milhões já constatados e um desequilíbrio entre sua receita e suas despesas de quase R$ 411 milhões de reais anuais. Isso faz com que esses números grandiosos atrapalhem muito nossas conquistas”, afirmou Taka.
Segundo o secretário de Finanças, José Gavinelli, o cenário financeiro é caótico. “Hoje, o total geral de dívidas chega a R$ 2,5 bilhões. Diadema consegue pagar somente 70% das suas despesas atuais. Os números podem ser maiores, pois há contratos que não estão empenhados”, comenta Gavinelli.
Do total de dívidas, R$ 92,7 milhões foram assumidas no curto prazo, R$ 1,2 bilhão são dívidas vencidas e não pagas (IPRED), R$ 851,3 milhões foram renegociados junto à União, mas ainda não foram pagos e R$ 347,2 milhões são de outras dívidas.
Gavinelli listou as implementações necessárias para alcançar o equilíbrio fiscal, como criação de uma comissão de Saneamento das Contas Públicas, com o objetivo de reduzir os valores dos restos a pagar de 2024 e revisão dos contratos, ajustes nos contratos atuais vigentes, aplicação de um redutor de 35% sobre o valor previsto na LOA 2025, equacionar a dívida junto à União, entre outras ações.
À Folha, o secretário revelou que, dentro deste cenário, três dívidas são prioridades para serem sanadas o quanto antes. “Temos três dívidas que impactam nas certidões. Temos dívida com o Ipred, que inviabiliza a certidão de regularização previdenciária, automaticamente o município não pode fazer nenhum tipo de convênio. A dívida com a União e a dívida junto à Receita Federal, de mais de R$ 8 milhões, que negativaram nossas certidões. A solução é através de parcerias, que aliviam o caixa do município no sentido que sobre recurso de algumas áreas para que seja possível canalizar para essa regularização ou através de medidas judiciais”, disse Gavinelli.
“O que observamos nesses 27 dias de gestão é um desleixo com a administração pública. Vimos um ambiente desorganizado e precário para o servidor da cidade de Diadema. A desordem vai desde os recursos materiais, que são desperdiçados sem nenhum controle, e também dos recursos humanos, por uma falta de organização”, afirmou o secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Kiko Teixeira.
Plano de 100 Dias – De acordo com o prefeito Taka, neste início de governo, serão priorizadas as áreas de Saúde, Segurança, Educação, Zeladoria, Legislações, Mobilidade, Infraestrutura e Empregabilidade. Na Saúde, será feito um mutirão para reduzir filas de espera por exames e consultas, implantação de novos leitos, restabelecimento do fornecimento de medicamentos, entre outras ações. Na Educação, ampliação de vagas em creches e revitalização de escolas. Outros destaques são o lançamento do Programa Moeda Verde, que incentiva a coleta seletiva, mutirão de aprovação de liberação de obras, programas de capacitação e ingresso no mercado de trabalho e reorganização do Procon, entre outras ações.
“Vamos melhorar a vida das pessoas. Vamos trazer com muita austeridade o reequilíbrio fiscal para a nossa cidade com o intuito de cumprir nosso Plano de Governo. É uma busca incessante, estaremos junto ao governo estadual pleiteando programas e recursos, principalmente na área da saúde para que seja possível executar na íntegra nosso plano de governo”, finalizou Taka.
Ainda nesta segunda (27), o prefeito se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas, onde discutiu pautas ligadas à Saúde, Segurança, Infraestrutura, a reestruturação do Cemitério Municipal e a implantação de um AME (Ambulatório Médico Especialista) na cidade.
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