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Por ocasião da segunda exposição da temporada intitulada “Migrações”, o Musée de l’Homme, de Paris, destaca a crescente popularidade do wax nas sociedades ocidentais, ao mesmo tempo em que revela a história singular e pouco conhecida deste tecido icônico. Nesse sentido, a Galeries Lafayette Paris Haussmann tem o orgulho de apoiar esta iniciativa ao apresentar, desde 7 de fevereiro e até 3 de março, as obras da exposição “Wax” no primeiro andar na tradicional loja de departamentos francesa.
Fiel à sua missão de reunir, inspirar e fazer sonhar, a Galeries Lafayette Paris Haussmann dá prosseguimento ao seu compromisso ao oferecer uma tribuna excepcional para iniciativas culturais e artísticas. Apoiando projetos de grande envergadura, como a exposição “Wax”, reafirma seu papel essencial na difusão das artes e dos saberes, tanto em Paris quanto internacionalmente, oferecendo aos visitantes uma experiência única.
“Este projeto se insere plenamente em nosso compromisso de promover uma moda universal, capaz de refletir a diversidade do mundo ao mesmo tempo em que reúne talentos e inspirações. Com esta exposição, a Galeries Lafayette Paris Haussmann reafirma seu propósito internacional de ser um lugar de convergência onde culturas se encontram, onde histórias locais alcançam um eco global e onde a criatividade inspira e une além das fronteiras”, sublinha o diretor da Galeries Lafayette Paris Haussmann, Vincent Sénécat.
Por ocasião do lançamento, a Galeries Lafayette Paris Haussmann organizará uma inauguração, em 11 de fevereiro, para revelar a cenografia deste espaço, oferecendo aos convidados uma imersão inédita neste universo criativo e inspirador.
Apoio artístico às pesquisas do Musée de l’Homme
A exposição dá continuidade ao trabalho do Musée de l’Homme, que explora o fenômeno das migrações humanas por meio de uma exposição científica em três partes:“Les Mots de la Migration”: desconstrução de termos e percepções relacionadas às migrações ; “Comprendre les migrations contemporaines”: uma análise aprofundada dos movimentos migratórios atuais ; “Migrations et évolution”: um percurso que remonta às primeiras grandes migrações humanas a partir do continente africano.
Recebendo essa cenografia, a loja parisiense prolonga este diálogo ao destacar a riqueza cultural e artística do tecido wax como um reflexo das trocas entre África, Europa e Ásia. A exposição convida o público a explorar os laços fascinantes entre tradição e modernidade por meio de um material que simboliza resiliência, criatividade e diversidade cultural.
Uma exposição dedicada ao wax: tecido, cultura e identidade
O wax, tecido emblemático com padrões vibrantes e cores únicas, atravessou fronteiras e épocas, tornando-se um símbolo de diversidade cultural e pertencimento. Nesse contexto, a exposição oferece um olhar inédito sobre este tecido, revelando sua história pouco conhecida e explorando suas múltiplas facetas.
O percurso na loja é estruturado em torno de três grandes temas, combinando história, herança e modernidade, tornando a exposição uma homenagem às trocas culturais e à criatividade :
1. Das origens do wax à era de ouro do pano estampado
Esta seção explora as fascinantes origens do wax, um tecido derivado do batique indonésio, industrializado por empresas europeias e popularizado na África Ocidental.
· Carimbo de batique (século XX): ferramenta de cobre usada na Indonésia para o batique, que significa “pontilhado”, ilustrando a técnica tradicional inscrita no Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO.
· Camisa Palais Royal (Dent de Man, Alexis Temomanin): criação contemporânea revisitada a partir dos arquivos da Vlisco, uma das primeiras empresas holandesas a produzir wax, testemunhando as influências indonésias e a criatividade da diáspora africana.
· Fotografias de Seydou Keïta e Malick Sidibé: imagens icônicas que capturam a efervescência de Bamako nos anos 1950-1960 e testemunham o auge do wax na África na época das independências.
2. Wax : tecido revelador de identidades plurais
O wax torna-se um símbolo de identidade cosmopolita e transformação cultural, celebrando tanto as raízes africanas quanto a diáspora.
· Cartografia têxtil do continente africano: uma exploração das tradições têxteis africanas, como o bogolan do Mali ou o kente de Gana, que se misturam às influências modernas do wax.
· Criação de Adina Ntankeu: estilista camaronesa que combina os padrões tradicionais do ndop com técnicas contemporâneas de impressão em wax, valorizando o patrimônio africano.
· Camo 43, série Camo (Thandiwe Muriu): fotografias impressionantes em que o wax se torna uma ferramenta de reflexão sobre identidade e feminilidade, associadas a provérbios africanos para ancorar a sabedoria oral em uma cultura visual moderna.
3. Wax : entre patrimônio e matrimônio
Esta temática destaca o papel das mulheres na transmissão e valorização do wax, que se tornou um vetor de herança familiar e cultural.
· Um tecido que fala: referência às lendárias comerciantes togolesas, chamadas “Nana Benz”, que deram aos padrões do wax nomes carregados de significado, reforçando sua popularidade.
· Fotografia “Le Mariage” (Krissima Poba): obra que ilustra o papel afetivo e simbólico do wax durante grandes cerimônias, como casamentos, quando cada geração é identificada por padrões específicos.
· Objetos do cotidiano: bancos, almofadas bordadas ou pratos decorados inspirados nos padrões do wax, testemunhando a expansão desta arte têxtil além do domínio das vestimentas.
· Bombers “Femme, vie, liberté” (Gombo): uma peça engajada que subverte os códigos do wax para transmitir mensagens militantes, como o slogan em homenagem a Mahsa Amini.
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Wax, tecido emblemático com padrões vibrantes e cores únicas, atravessou fronteiras e épocas
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