Editorial

Dia Mundial do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi celebrado, na quinta (5) de junho. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, e tem como objetivo principal chamar a atenção da população mundial para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais do planeta.
Na ocasião, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um alerta: “A poluição dos plásticos sufoca o nosso planeta, prejudicando os ecossistemas, o bem-estar e o clima”. A escolha do tema reflete a urgência de combater um dos maiores desafios contemporâneos, o excesso de plástico descartável, responsável por dois terços de toda a produção global e por impactos devastadores na biodiversidade e na saúde humana.
De acordo com a ONU, o mundo produz cerca de 460 milhões de toneladas de plástico por ano e esse número pode triplicar até 2060, caso não haja mudanças estruturais. Cada brasileiro contribui com cerca de 16kg de plástico por ano lançados ao mar, grande parte oriunda de embalagens de uso único e descarte inadequado. A geração de resíduos sólidos no Brasil coloca o país numa posição de quarto ou quinto maior gerador de resíduos no mundo.
Outro alerta é direcionado ao desmatamento. À medida que o mundo busca desacelerar o ritmo das mudanças climáticas, preservar a vida selvagem e sustentar mais de oito bilhões de pessoas, as árvores inevitavelmente representam uma parte importante da resposta.
As árvores são necessárias por vários motivos, entre eles, o fato de elas absorverem o dióxido de carbono que exalamos e os ga-ses de efeito estufa que retêm o calor emitidos pelas atividades humanas. À medida que esses gases entram na atmosfera, o aquecimento global aumenta, mas muitos cientistas e especialistas preferem chamar de “mudanças climáticas”.
As florestas ainda cobrem cerca de 30% da área terrestre do mundo, mas estão desaparecendo em um ritmo alarmante. Desde 1990, o mundo perdeu mais de 420 milhões de hectares de floresta, de acordo com a ONU para a agricultura, principalmente na África e na América do Sul.
Na quinta (5), o governo federal e o Governo de São Paulo lançaram ações em prol do meio ambiente. O governo federal lançou um segundo conjunto de medidas federais, para fortalecer a proteção ambiental, o desenvolvimento sustentável no país, que oferecem mecanismos que facilitam o combate a incêndios florestais e a reconstrução de infraestrutura destruída por eventos climáticos em estados e municípios.
Também foi anunciado o edital de R$ 32 mi-lhões para financiar projetos que fortalecem a atuação de municípios da Amazônia e do Pantanal. O Brasil também será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém (PA).
Já o Governo do Estado de São Paulo anunciou uma série de programas e parcerias, tais como o Programa Estadual de Educação Ambiental (PROEEA), o documento final do Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (PEARC) e o RefaunaSP, que reintroduz espécies nativas nas unidades de conservação estaduais, além da assinatura de um memorando de entendimento com a World Biogas Association (WBA), que estabelece cooperação internacional para valorização do biometano como fonte estratégica para a transição energética do estado, entre outros.
Ainda que haja essas iniciativas, elas não suficientes para mitigar os efeitos e consequências das mudanças climáticas que irão se intensificar de maneira severa no Brasil, num futuro bem próximo.

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