Cultura & Lazer

A Chorus Line: um dos maiores fenômenos do teatro musical mundial está de volta ao Brasil

A Chorus Line é remontada no Brasil após mais de quatro décadas e abre audições para o elenco (Foto: Divulgação)

Um dos maiores fenômenos do teatro musical mundial está de volta aos palcos brasileiros. Em comemoração aos 50 anos de sua estreia na Broadway, A Chorus Line ganha nova montagem nacional a partir de 18 de setembro, no Teatro Villa Lobos, em São Paulo. Ingressos já estão à venda.

O musical foi apresentado pela primeira vez no Brasil em 1983, em montagem histórica – a primeira réplica oficial da Broadway no país – dirigida por Flávio Rangel, produzida por Walter Clark e traduzida por Millôr Fernandes. O espetáculo ficou sete meses em cartaz em São Paulo antes de seguir para o Rio de Janeiro, revelando talentos como Cláudia Raia, Totia Meirelles, Raul Gazzola, Regina Restelli, Thales Pan Chacon, Guilherme Leme, Maria Lucia Priolli, JC Viola, Eduardo Martini e Nadia Nardini.

A nova montagem chega agora aos palcos brasileiros com uma roupagem moderna, reinventando o clássico para encantar a audiência contemporânea. A versão brasileira é de Miguel Falabella, com direção geral e coreografia de Bárbara Guerra, direção musical de Jorge de Godoy e figurinos de Theo Cochrane

Apresentada pelo Ministério da Cultura e pela seguradora Mapfre, em uma produção de DanCaldini e Atual Produções, A Chorus Line é apresentado no Brasil por meio de acordo com a Concord Theatricals, em nome da Tams-Witmark LLC.

“Trazer Chorus Line de volta aos palcos é uma emoção imensa. Este musical revolucionou a Broadway e, no Brasil, foi um divisor de águas no nosso teatro musical, revelando artistas que se tornaram ícones da cena cultural. E, pra mim, tem um significado ainda mais especial. Eu vim da linha de coro, sou bailarina de formação, então estar hoje na direção desse espetáculo é muito emocionante. É como voltar pra casa, mas agora podendo contar essa história de outro lugar. Dar vida novamente a esse fenômeno é, acima de tudo, celebrar os sonhos, as vulnerabilidades e a paixão de todos os artistas que vivem para estar no palco”, comenta Bárbara Guerra, diretora do espetáculo.

Com direção e coreografia de Michael Bennett, texto de James Kirkwood Jr. e Nicholas Dante, músicas de Marvin Hamlisch e letras de Edward Kleban, o musical estreou em 25 de julho de 1975 no Shubert Theatre, em Nova York, onde permaneceu por 15 anos ininterruptos, quebrando recordes de público e consagrando uma nova forma de contar histórias no teatro musical.

Aclamado pela crítica e pelo público, venceu nove prêmios Tony e o prestigioso Pulitzer de Drama, e foi adaptado para o cinema em 1985 por Richard Attenborough. Sua estrutura inovadora, centrada na vulnerabilidade dos intérpretes, influenciou toda uma geração de criadores e permanece como uma obra atemporal e universal.

A estreia do espetáculo será no dia 18 de setembro, com temporada até 14 de dezembro, no
Teatro Villa Lobos. Os ingressos custam de R$ 45 (balcão) a R$ 320 (plateia premium). Mais informações: Sympla

Enredo

O enredo acompanha uma audição em um teatro vazio, liderada por Zach, diretor de um novo musical da Broadway. Dezessete bailarinos disputam oito vagas no elenco, mas são surpreendidos com um pedido incomum: em vez de apenas demonstrarem técnica, precisam expor quem realmente são. A partir daí, cada candidato revela memórias, conflitos e descobertas — formando um mosaico de experiências que retratam a luta, a paixão e a fragilidade por trás da vida de artista.

Cassie, uma veterana que já foi protagonista, tenta voltar ao coro e lidar com seu passado profissional e afetivo com o próprio Zach. Paul, reservado e introspectivo, comove ao contar sobre sua trajetória de autodescoberta, marcada pelo preconceito e pela rejeição familiar. Sheila, espirituosa e sarcástica, mostra fragilidade por trás da fachada confiante.

Val desafia os padrões estéticos impostos às mulheres no teatro musical, enquanto Diana, Connie, Mike, Richie e outros personagens expressam, por meio de coreografias e canções marcantes, os dilemas e esperanças de quem vive para dançar.

O espetáculo culmina em um número coletivo arrebatador, com a icônica canção “One”, celebrando o espírito de grupo e a individualidade que compõem a arte da cena.

Com narrativa comovente e coreografias eletrizantes, A Chorus Line é conduzido por músicas icônicas como “I Hope I Get It”, a música de abertura, onde os candidatos expressam sua ansiedade e desejo de serem escolhidos na audição; “Nothing”, um dos solos mais marcantes da obra, interpretado por Diana, em que ela narra uma experiência frustrante com uma professora de interpretação; “What I Did for Love”, uma das canções mais conhecidas do espetáculo, interpretada por Diana e pelo elenco, sobre a dedicação e os sacrifícios feitos pela arte; “One”, número final da montagem, com todo o elenco em formação de linha, celebrando o coletivo, além de muitas outras faixas marcantes como “I Can Do That”“At the Ballet”“Sing!”“Hello Twelve, Hello Thirteen, Hello Love”“Dance: Ten; Looks: Three” e “The Music and the Mirror”.

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