Fabio Picarelli Opinião

A crise climática e a saúde da população

O forte calor aliado à falta de chuvas, ocorrência de incêndios e a péssima qualidade do ar tem preocupado as autoridades das esferas municipal, estadual e federal. A nuvem cinzenta que encobre as cidades provoca um aumento acima do normal de pacientes com problemas respiratórios e cardíacos nas unidades de saúde. Os mais afetados são os idosos e as crianças.
Por conta disso, o Governo de São Paulo adotou diretrizes para enfrentar a crise climática. Entre as medidas anunciadas estão a ingestão de líquidos e a suspensão temporária de autorizações de queimadas.
A principal recomendação é que pessoas evitem atividades físicas ao ar livre nesse período. Para aumentar a hidratação do organismo é necessário tomar bastante água e líquidos.
As portas e janelas das casas e apartamentos deverão ficar fechadas para reduzir a entrada de partículas.
Usar máscaras em locais próximos de queimadas também ajuda a diminuir a inalação de poluentes.
Crianças menores de cinco anos, idosos, pessoas com comorbidades e gestantes devem redobrar a atenção e buscar atendimento médico imediato se tiver algum sintoma respiratório.
O Governo do Estado segue monitorando a qualidade do ar através da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Ao todo são 85 estações espalhadas em pontos estratégicos do território paulista, sendo 63 automáticas e 22 manuais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a classificação determina que índices abaixo de 60% não são adequados para a saúde humana. A escala mostra que entre 21% a 30% entra em estado de atenção; abaixo de 20% é estado de alerta; e inferior a 12% é estado de emergência.
Os problemas decorrentes da baixa umidade do ar são diversos: alergias respiratórias, ressecamento das mucosas e da pele, olho seco, coceira, sangramento do nariz, irritabilidade no nariz e na garganta, e tosse.
Da parte que lhe compete, o Governo do Estado adotou medidas para garantir o abastecimento de medicamentos e insumos como oxigênio em todas as unidades de saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde reforçou as campanhas de conscientização e pede às pessoas que já possuem problemas respiratórios não deixem de seguir à risca as orientações médicas. Os nebulímetros, ou a popular bombinha, deve sempre estar a mão para as emergências. Bacias e baldes com água, umidificadores e climatizadores ajudam bastante a amenizar a secura do ar.
Tais medidas não valem apenas para agora. Vem aí o verão com promessa de ser intenso. Outros períodos difíceis estão previstos.
Os seguidores do grupo Plantar Hoje para Colher Amanhã estão em alerta para cumprir passo a passo as diretrizes.

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