Editorial

A expansão das usinas fotovoltaicas

A geração de energia solar está em forte crescimento no mundo e já responde a 22% da capacidade instalada no Brasil. Atrás apenas de hidrelétricas, a fonte alcança 55 GW, com mais de 5 milhões de imóveis com geração própria. Atualmente, existem mais de 500 mil usinas solares fotovoltaicas instaladas em todo o país, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
As usinas fotovoltaicas utilizam fonte de energia inesgotável e não emitem poluentes durante a geração de eletricidade, ajudando a mitigar os danos das mudanças climáticas. A geração de energia solar ainda contribui para diminuir a dependência da rede elétrica e, consequentemente, reduzir os custos com energia. Além disso, elas podem levar eletricidade a áreas remotas ou sem acesso à rede elétrica, melhorando a qualidade de vida dessas regiões.
A fonte solar já evitou a emissão de cerca de 66,6 milhões de toneladas de gás carbônico, na geração de eletricidade, e de janeiro a março, deste ano, foram instaladas mais de 147 mil sistemas solares no país, que passaram a abastecer cerca de 228,7 mil imóveis. Desde 2012, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 251,1 bilhões em novos investimentos, criou mais de 1,6 milhão de empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 78 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, segundo a Absolar.
A geração própria solar está presente em mais de 5,5 mil municípios e em todos os Estados brasileiros. Em São Paulo, há mais de 396 mil conexões operacionais, espalhadas por 645 municípios, ou 100% dos municípios paulistas. No que diz respeito à matriz elétrica, a geração de energia solar fotovoltaica dobrou quando comparamos ao ano de 2022, passando de 4,5 TWh para 9,0 TWh. A participação da energia solar fotovoltaica ampliou de 6% para 9%, em 2025.
Sorocaba abriga a maior usina solar do Estado. Está instalada no Parque Tecnológico da cidade e tem capacidade de gerar 10 GWh de energia por ano.
O ABC ainda está em fase inicial no processo de instalação de usinas de energia solar. Santo André é o município da região que mais tem avançado neste tema. Inaugurou, na quinta (26), a terceira usina fotovoltaica da cidade, localizada na rua Madre Cabrini, na Cidade São Jorge. A primeira delas foi inaugurada em maio de 2024, no Jardim Las Vegas, em uma área de 11 mil m² e com mais de 1,7 mil painéis e, a segunda usina, em agosto do ano passado, em uma área de 15 mil m² próxima à Av.dos Estados, com 2.352 painéis, de 540 watts cada.
Já Ribeirão Pires, irá instalar painéis solares em dez locais da cidade. A iniciativa deve gerar uma economia anual de aproximadamente R$ 318 mil aos cofres públicos municipais, com redução de até 60% no consumo de energia elétrica dos equipamentos da Prefeitura. As unidades contempladas incluem escolas municipais, além de espaços de saúde, segurança e esporte.
Em São Caetano, São Bernardo, Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra não há usinas fotovoltaicas, por parte do poder público, porém, em São Bernardo, a rede de ataca-rejo Assaí, em parceria com a Green Yellow, instalou um sistema de telhado solar na unidade Anchieta e São Caetano está instalando placas fotovoltaicas, no novo telhado do Terminal Rodoviário, que deverá ser inaugurado em julho.
Porém, apesar dos pontos positivos à favor dos painéis fotovoltaicos, eles têm uma vida útil de 25 a 30 anos. Como são recicláveis é possível realizar a reciclagem e logística reversa. Contudo, será necessário pensar em uma legislação específica, posto que, no Brasil, há apenas as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para a gestão adequada desses resíduos.

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