Luiz José M. Salata Opinião

A Medalha dos Imigrantes Italianos e seus Descendentes

O Vereador Hiroyuki Minami sempre imbuído nos seus propósitos sociais, já no primeiro mandato e atualmente no quinto, foi o autor do projeto de lei que redundou na Lei nº 4.766, de 28 de junho de 1999, em comemoração aos Imigrantes Italianos e seus Descendentes, sendo constituída Comissão Organizadora sob sua Presidência. A influência da imigração italiana  na nossa cidade e região foi marcante e indiscutível desde os primeiros tempos, bem justificou a iniciativa, pois os seus membros atuam nas diversas atividades da cidade de modo ordeiro e produtivo. Pelo convívio com a numerosa colônia e sensível à cativante história da imigração italiana no país pela grande atuação e força de trabalho  destaca-se a influência imprimida por seus membros nos usos e costumes. A primeira sessão solene comemorativa ocorreu no ano de 2000, e assim até os dias atuais quando no presente, completará 17 anos com outorga às 228 famílias da colônia italiana de nossa cidade e que bem justificam a honraria  pelo trabalho, atuação e contribuição em prol do desenvolvimento e progresso da cidade. O vereador Minami então Presidente da Câmara Municipal, oficializou o reconhecimento editando a Resolução n٥ 2.800, de 28 de abril de 2.011, assim instituindo a “Medalha dos Imigrantes Italianos e seus Descendentes”, honraria a ser outorgada acompanhada de um Diploma alusivo ao evento. Neste ano, a Sessão Solene  comemorativa será realizada na quinta (30), às 19h30, no Plenário Tereza Delta da Câmara Municipal de nossa cidade, com outorga a cada um dos representantes das doze famílias escolhidos pela Comissão Organizadora do evento, sendo eles: Angelo Eduardo Speglich, Armando Gradella, Dariex Angeli, Guiomar Batistella Mazurkyewistz, Inês Arssuffi Medici, Inês Gastaldo Pereira, João Cepaluni Filho, Luiz Carlos Pietro, Marcus Vinicius Pereira Santaguita, Mirna Fátima Romani, Valmir Gardinalli e Walter Luiz Miele. Relembrando a Unificação da Itália, em 17 de março de 1861, e que depois de 47 anos de ocupação austríaca, a Itália que  estava devastada e  estagnada e sem quaisquer  perspectivas para a sua recuperação em todas as atividades normais de uma nação,carecia de restauração, desenvolvimento e rumo para a sua população. Pois bem, necessitava de um impulso para o retorno ao pleno desenvolvimento, tão aguardado pelos italianos. Na mesma época, no Brasil, na fase de transição da libertação dos escravos os fazendeiros padeciam de mão de obra, principalmente no setor cafeeiro. Ocorreu então uma combinação para a vinda dos italianos para o alcance do rumo desejado,  assim atendendo-se as partes com a vinda deles para cá para o trabalho, com a pretendida mão de obra aos brasileiros. Desse modo, com o conhecido refrão – Dio, lavoro, famiglia – foram se alocando no trabalho e desbravando regiões, trazendo também muitas experiências.  Os primeiros que vieram para a Villa de São Bernardo, em meados do fim do mês de outubro de 1877, segundo as pesquisas feitas pelo  casal, Vicente Carlos D’Angelo e Da. Elexina, as primeiras 17 famílias de italianos  aportaram em Santos, em 18 de outubro de 1877, no navio Sud América, e se instalaram no Núcleo Colonial São Bernardo, projeto destinado a abrigar os italianos para o uso da terra e constituição da nova vida. Muitas outras famílias vieram e trouxeram  inovações para a nova vida, e assim milhares  formaram essa querida e formidável colônia italiana, que os oriundi e brasileiros muito se orgulham pelo entrelaçamento familiar.