No momento em que vivemos a crise da pandemia, aprendemos novas palavras que nunca fizeram parte do nosso dia-a-dia verbal.
Nosso linguajar diário, se enriqueceu com novos vocábulos que jamais o “Aurélio” e o “Houaiss” haveriam de sonhar em acrescentar en seus dicionários.
A pandemia de Covid-19 mudou a vida dos brasileiros, e com ela, os termos que usamos no cotidiano.
“Comorbidade” por exemplo. Este substantivo tornou-se mais conhecido recentemente, e seu significado abrange mais de uma doença.
Recentemente, o “Estadão” publicou expressiva matéria sobre o lançamento do Novo Vocabulário Ortográfico, influenciado pelos tempos e por esta doença.
O “VOLP” – Vocabulário da Língua Portuguesa – é o registro de todas as palavras de nossa língua e grafia. Essa é a primeira atualização oficial em doze anos.
O momento político-social que atualmente vivemos no Brasil e em várias partes do mundo, trouxe para nossa língua, novos vocábulos populares .
Negacionismo, pós-verdade, necropolítica, feminicídio, afrofuturismo, sororidade, homoparental, gordofobia, infodemia e outros.
E no mundo digital, criptomoeda e ciberataque. Covid é a questão. E ainda leva o 19 à sua frente. Doença essa que deriva do Coronavirus, que causa infecção respiratória. Covid significa Corona Virus Disease, e 19 se refere a 2019.
E como falamos ? “A” Covid ou “O” Covid? Suponho ser masculino, pois Covid é um vírus e não uma vírus.
“Lockdown” também entrou no rol da pandemologia, por assim dizer.
Home Office, Delivery, Drive-Through ou Drive-Thru, Take Away ou Take Out.
O segmento Educação surge com força, muito embora, modelo “remoto”, ensino “híbrido”, e EAD (ensino à distância) não sejam novidades para os especialistas.
E agora, “homeschooling” vem no esteio do ensino domiciliar.
No Ensino Superior, graduação digital, presencial, semi-presencial, além dos já citados, EAD, híbrido, remoto e homeschooling.
Nessas mudanças sociais, novos rebentos irão nascer, e com eles, os nomes atribuídos a esses recém-nascidos , certamente, entrarão no rol dos novos nomes próprios: – Quarentena, Cloroquina, Astragênica, Altogelson, Cloronilda, Pandemilson, Lockdalson, Colapsildo, e tantos outros inusitados que virão.
E no frigir deste intenso momento, o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo, foi reinaugurado no último 31 de julho de 2021. Visite-o.