A Semana Santa, que iniciou no domingo (13) e se encerra neste domingo (20), marca o período mais solene do calendário cristão e é considerado o ápice do Ano Litúrgico pela Igreja Católica.
De acordo com o Vaticano, a Semana Santa é o tempo litúrgico em que os fiéis são chamados a mergulhar nos mistérios centrais da fé cristã: a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Durante esse período, a Igreja propõe um caminho espiritual que culmina no Tríduo Pascal (composto pela Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e Domingo da Ressurreição), quando se recorda o sacrifício de Cristo e a vitória sobre a morte.
Cada celebração possui um significado próprio. A Quinta-feira Santa relembra a Última Ceia, quando Jesus institui a Eucaristia e realiza o gesto do lava-pés. Já na Sexta-feira da Paixão, a Igreja se recolhe em silêncio para relembrar a crucificação e morte de Cristo. O Sábado Santo é vivido como um dia de luto e espera, até que, no Domingo de Páscoa, os cristãos celebrem a ressurreição de Cristo. Mas, as tradições da Semana Santa vão muito além da simbologia: são vivências profundas da fé.
Nessa semana relembramos os últimos dias de vida de Jesus na Terra e sua violenta e injusta morte na cruz. De acordo com a Bíblia, Jesus foi traído por Judas Iscariotes, que entregou Jesus aos sumos sacerdotes, por 30 moedas de prata. Apesar de ter se arrependido e devolvido as moedas aos sacerdotes, dizendo: “pequei, entregando o sangue de um justo”, se suicidou enforcando-se.
Jesus foi acusado de cometer o crime de blasfêmia, por afirmar “ser Cristo e de que todos veriam o Filho do Homem sentado à direita de Deus Poderoso.” Foi preso, julgado pelo Sinédrio e condenado por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, a ser flagelado e finalmente executado na cruz, mesmo sendo inocente.
Jesus foi crucificado juntamente com dois ladrões, acusado de ser o “Rei dos Judeus”. Pilatos mandou preparar uma placa e pregá-la na cruz, com a seguinte inscrição: Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus. Cristo sofreu todas as crueldades possíveis. Os soldados o chicotearam, humilharam, cuspiram, bateram na sua cabeça com uma vara, o coroaram de espinhos, o vestiram com um manto escarlate, o levaram para o Calvário, pregaram na cruz e dividiram as suas vestes entre si.
Pouco antes de morrer, pediu água e recebeu vinagre quando estava na cruz, conforme descrito em João 19:28-30. “Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo”. Sarcasmo e mais humilhação até o último instante de vida. De acordo com a Bíblia, Jesus deu o último suspiro quando clamou: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”. Este momento aconteceu quando Jesus estava na cruz, próximo do meio-dia, e a escuridão cobriu a terra.
Portanto, em tempos onde o secularismo tem se intensificado cada vez mais, é preciso que católicos e não católicos, nessa semana de conversão, pensem, reflitam, revejam a vida, mudem de rumo, reencontrem os propósitos e ações que conduzem para a construção de um mundo melhor, mais humano. O caminho onde estamos nos dirigindo não é o melhor. Basta notar o avanço desenfreado da falta de respeito, das mentiras, do ódio, da vingança, inveja, da trapaça, entre outros, entre os seres humanos. Portanto, que a Páscoa possa renovar em todos nós a fé e a esperança em Deus para um mundo melhor.
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