Três meses após a chegada no país, em 6 julho deste ano, na capital federal, a tecnologia 5G foi ativada em todas as capitais brasileiras, em 6 de outubro. Embora a implantação da tecnologia tem caminhado de forma rápida no Brasil, muitos municípios ainda enfrentam percalços para instalação da infraestrutura, como exigências burocráticas com a licença ambiental para a instalação de antenas. Em um ranking elaborado pelas empresas de telecomunicação para avaliar a facilidade de acesso do cidadão à nova banda larga, denominado ranking das Cidades Amigas do 5G, divulgado pela Conexis Brasil Digital, as cidades do ABC caíram nas colocações, em comparação com o ranking de 2021.
Se ano passado, Santo André ocupava o 7º lugar, com nota 3,5, este ano o município passou para a 61ª posição, com nota 3,4. Diadema, que ocupava a 58ª posição em 2021, passou para a 143ª colocação este ano. Mauá passou de 75º para o 138º lugar e São Bernardo ocupava a 88ª colocação em 2021 e passou para a 149ª posição. O estudo leva em conta os 155 maiores municípios brasileiros que mais estimulam a oferta de serviços de telecomunicações no país, por meio da elaboração de políticas e ações públicas que incentivem e facilitem a instalação de infraestrutura necessária à expansão da tecnologia. Segundo o levantamento, uma melhor colocação significa que a cidade está investindo e melhorando o acesso à internet do cidadão. No ranking são avaliadas as restrições, burocracia, prazo, onerosidade e efetividade para a implantação de Estações Radio Base (ERBs) e Redes (subterrâneas ou aéreas).
Burocracia – O setor de telecomunicações aponta que os municípios não modernizam a burocracia para concessão de licenças, por exemplo, para a instalação de antenas 5G. “Ter uma legislação moderna é o primeiro passo para a expansão da conectividade, mas é preciso mais que uma lei atual, as cidades precisam desburocratizar o processo e fazer análises rápidas dos pedidos. Essa adequação é essencial para a expansão do 5G, que vai exigir de 5 a 10 vezes mais antenas que o 4G”, afirma o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari. O executivo afirma ainda que além da mudança na legislação, é importante que as cidades concentrem todos os pedidos em um único órgão e informatizando o licenciamento.