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Academia Paulista de Letras cria o Bosque dos Imortais

Roberto Duailibi, Michel Temer, José Renato Nalini e
Rubens Barbosa

A Academia Paulista de Letras, num gesto simbólico de devolução à cidade de São Paulo de árvores que lhe foram subtraídas, plantou espécies de mata nativa no Parque “Martin Luther King”, em Vila Cordeiro. A ideia foi sugerida por Leandro Karnal e logo endossada pelo Presidente Antonio Penteado Mendonça.

   A sua concretização foi possível graças à presteza com que o Secretário do Verde e do Meio Ambiente da Capital, Rodrigo Ravenna, disponibilizou as mudas e o trabalho para abertura dos “berços” em que os exemplares foram plantados. A Academia providenciou placas de madeira pirografadas com o nome dos quarenta Patronos de cada uma das Cadeiras que identificam a Instituição bandeirante que, neste ano, completa seus 115 anos.

   Quem visitar, daqui por diante, o “Bosque dos Imortais da Academia Paulista de Letras” poderá identificar a homenagem a vultos históricos tais como José Joaquim Machado de Oliveira, Visconde de São Leopoldo, Matias Aires, Padre José de Anchieta, Eduardo Paulo da Silva Prado, José Vieira Couto de Magalhães, José Bonifácio de Andrada e Silva, o Moço, Barbara Heliodora, Álvares de Azevedo, Cesário Mota, Bartolomeu de Gusmão, Paulo Egydio, Alexandre de Gusmão, Martim Francisco, Pinto da Gama, Brasílio de

Campos, Júlio Ribeiro, Toledo Piza, Barão de Piratininga, Ezequiel de Lima, Ribeiro de Andrada, João Monteiro, Monsenhor Manuel Vicente, Quirino dos Santos, Adolfo de Varnhagen, Martins Fontes, Barão de Ramalho, Caetano de Campos, Paulo Eiró, Padre Feijó, Rangel Pestana, Ezequiel Ramos, Teófilo Dias, Pedro Taques, Antonio de Godoi, Euclides da Cunha, João Mendes, Clemente Falcão, Gabriel dos Santos e José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca.

   É intenção da Academia Paulista de Letras continuar a plantar árvores, agora homenageando os fundadores da Instituição, criada em 9 de novembro de 1909 pelo carioca José Joaquim de Carvalho com seus amigos e prosseguir com uma árvore para cada sucessor, dentre os já falecidos. Forma de perpetuar a memória de brasileiros ilustres e de tentar corrigir o grande equívoco, praticado há séculos, de destruir a cobertura vegetal da cidade. São Paulo precisa de muitos milhões de árvores novas.

Urgência que deve ser transmitida a todos,  principalmente às novas gerações, mais sensíveis ao tema ecologia. E que outras instituições sigam esse exemplo, pois as emergências climáticas só serão atenuadas se as árvores proliferarem na “selva de pedras” como um dia foi chamada a maior megalópole brasileira, a quinta cidade do planeta, a querida São Paulo. (Por José Renato Nalini)

Synésio Sampaio Góes
Djamila Ribeiro
Dom Fernando Antônio Figueiredo
Raul Marino Júnior
Mary del Priore
Leandro Karnal
Maria Adelaide Amaral
João Lara Mesquita
José Renato Nalini

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