Opinião

Acontecendo

Há diferentes enfoques para o que chamamos de casa, lar. Conheço pessoas que possuem casa “para inglês ver”. Têm tudo do bom e do melhor, mas só usam as coisas boas para visitas e quando recebem hóspedes. No uso diário, só coisas velhas, de louças lascadas a camisolas esgarçadas.
Há quem feche a chaves a porta do living room, sala de visitas, só para usá-la, quando chegam visitas de cerimônia. Quando alguém chega inesperadamente, é um corre-corre para dar um “look” de casa elegantemente arrumada.

Conheci uma boa pessoa, maníaca por limpeza e arrumação.
Quando eu chegava com meus filhos pequenos, a convite dela, cobria o carpete com uma lona,
para as rodas dos carrinhos não marcarem o carpete. Eu ficava em pânico, apesar de meus filhos terem
sido comportados. Ela tinha coisas lindas, jóias, louças inglesas, enfim, lustrava tudo, mas guardava
para poucos dias muito especiais. Ela não tinha filhos e, quando morreu, oi um avanço selvagem
das irmãs que, como piratas, apossavam-se das coisas num frenético arrancar de lustres e cortinas
em meio a brigas de puxar cabelos, pelos objetos de valor da mana. Como diria o Boris, “uma vergonha” !
Usemos todas as nossas coisas, pois, nem filhos ou noras, genros ou netos vão querer as “coisas da
vovozinha”. Casa , lar, é para ser usado, desfrutado .É seu ninho, seu santuário, seu refúgio!
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Ando a pé pela cidade de Santo André, observando as ruas do centro: cheias de objetos que deveriam estar
nos lixos. “Bitucas” de cigarros, aos milhões nas portas das empresas, escritórios.
No Boulevard do lado do Carlos Gomes, em toda a extensão da Rua Oliveira Lima e adjacências,
copos, garrafas, papéis de sorvetes, de balas, jogados na frente da gente. Consegui tampar minha boca,
para não entrar em choque com estas pessoas, pois eu sei que me xingariam. Dentro do chafariz, tudo jogam,
numa amostra da falta de educação e civilização de nossa gente. Precisamos de artistas famosos, tipo Ivete Sangalo,
Roberto Carlos, advertindo este povo sobre as conseqüências cruéis dos seus atos. Este tipo de pessoa, só ouvirá
os artistas, jogador de futebol, ou se lhe multarem e doer no bolso. Fica aqui, minha sugestão.
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Eu sempre adorei andar no Parque Celso Daniel!Aquelas árvores e a vegetação abundante, encantam-me.
Seria ainda melhor se bem policiado. É um oásis em meio às construções que não param de crescer verticalmente, ao redor. Não vou lá há meses, mas acho que deveriam colocar placas e cartazes sugestivos, incentivando
as pessoas a usarem o local com dignidade. É um desafio grande, fazer alguns cidadãos entenderem.
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Até!

Glorita Caldas é professora e consultora da LAC Consultoria, email: glocaldas@uol.com.br