O candidato a Prefeitura de Santo André, Aidan Ravin (PSB), em entrevista exclusiva à Folha do ABC, disse que tem saído, nas pesquisas, há mais de um ano e meio, com uma faixa boa de votos, de 22% a 25%, pois “a cidade tem reconhecido tudo o que fizemos, tudo o que tinha e perdeu, e isso nos ajuda na campanha”, disse.
Aidan, nas eleições de 2012, quando tentava a reeleição para prefeito, obteve 135 mil votos no primeiro turno e 174.815 no segundo. “Isso mostra o reconhecimento do trabalho dos quatro anos, conseguimos solidificar o número de votos, mas, não foi suficiente para fecharmos o segundo turno”, contou. Agora, acredita que o que tem acontecido a nível federal na política, reflita muito a nível estadual e municipal, pois “temos um governo alheio ao que precisávamos na cidade”, afirma.
O candidato conta que para estruturar sua chapa da coligação “Todos por Santo André”, que conta com oito partidos (PSB, PSDC, PRB, PMN, PP, PEN, PRP e PRTB), obteve importantes apoios a nível estadual e federal. “A princípio estávamos sozinhos com o PSB, tivemos o prazer de falar com o José Maria Eymael, presidente nacional do PSDC, e automaticamente conseguimos o apoio direto da médica Ana Glória Silva (PSDC), (que foi escolhida como sua vice-prefeita). E com a força do vice-governador Marcio França (PSB), mais o Eymael, conseguimos mais seis partidos. Fizemos uma coligação de dois partidos na chapa majoritária, que é o PSB e PSDC, e mais três partidos nas demais chapas que são PSB e PRB; PSDC, PMN e PP; PEN, PRP e PRTB”, contou.
Para Aidan, essa coligação “deu força e uma probabilidade de eleição de vários vereadores, pois, vereador é um cabo eleitoral muito importante e possui vontade de caminhar junto conosco”. São 96 candidatos a vereador na coligação.
Propostas para a cidade
Aidan acredita que o governo de Carlos Grana (PT) deixou muito a desejar, pois há um abandono e descaso ao cuidar da cidade, e se lembra das conquistas de seu governo em diversas áreas. O candidato acredita que a Saúde é o mais sério problema em Santo André e será seu “carro-chefe”. “Tínhamos implantados três Prontos-Socorros (PS), três UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), um Pronto-Socorro em Paranapiacaba, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) do Governo do Estado, colocamos o “Remédio em Casa”, aumentamos a grade de remédios em todos os pontos de Saúde. O pessoal passava pegava receita, remédio, diminuímos o tempos de atendimento, mas, hoje, infelizmente, isso não acontece mais na cidade, é uma reclamação geral que não tem medicação”, disse.
O candidato afirmou ainda que terá que resgatar a Educação, pois, “tínhamos conseguido colocar merenda de qualidade, como a segunda melhor do Estado, colocamos uniforme escolar, material escolar de qualidade e hoje, infelizmente, ninguém recebeu e era uma grande queixa das famílias”, revelou.
Aidan afirma que a cidade precisa gerar emprego, rendimento, e que hoje, está parada. “Mas, como existe uma crise nacional, aqui também reflete, com o desemprego. Será uma tarefa muito difícil, pois, iremos pegar uma cidade que já está com dívidas, são R$ 850 milhões em dívida ativa. No primeiro quadrimestre desse ano chegou a R$ 1, 1 bilhão e como não estão pagando os fornecedores, deixou de pagar o 13º, até o final do governo Grana, o montante irá aumentar”, disse.
Na área da Segurança, conta que tinha conseguido melhoras, graças à integração das três polícias: Civil, Militar e Guarda Municipal. “Infelizmente, agora, estamos com muita queixa de assaltos pequenos, furto de celular, assalto em pontos de ônibus, porque não temos a cobertura da cidade”. Aidan ainda revela que dobrou o efetivo da GCM (Guarda Civil Municipal), implantou a hora extra e com isso, era como se tivesse quadriplicado o número de guardas. “O governo Grana cortou a hora extra e ficou difícil, pois, a pessoa vai fazer, por exemplo, um velório e não tem guarda municipal, chega um assaltante e rouba todo mundo. Tinha ronda escolar, hoje, não tem mais. Então é um perigo muito grande por descaso”, disse.
Sobre a dívida pública herdada de seu governo para o de Carlos Grana, afirma que o atual prefeito está equivocado. “Deixei R$ 185 milhões em caixa, para pagar R$ 110 milhões de despesas. Sobrando R$ 75 milhões, porque quando fechamos dezembro, precisamos deixar o dinheiro para pagar janeiro e fevereiro e deixamos tudo certo, porque se não seríamos punidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, pelo que estou vendo não estão preocupados com a lei e isso dará um trabalho danado”, afirmou.
Segundo turno
Questionado, Aidan disse que poderá que disputar o segundo turno nessas eleições. “Indo para o segundo turno com o PT, só posso acreditar, que todo mundo que está disputando essa eleição, como oposição ao atual governo esteja comigo”, revela.
E ainda afirmou que caso, não esteja no segundo turno, apoiará “qualquer pessoa que estiver contra o PT, porque essa forma de governar do jeito que está acontecendo, não dá para aceitarmos mais na cidade, estou andando a cidade toda, é uma rejeição grande, o pessoal entende que não dá mais, não pode ser assim e temos que provar a nível federal e municipal”.