
Estudei na Escola Estadual João Ramalho de 1955 a 1962 e lembro-me dos jogos de futebol após as aulas de educação física que fazíamos pela manhã. Saíamos correndo da escola para o terrão, um campo de futebol de várzea, com as dimensões de um campo de futebol oficial,entre as avenidas Lucas N. Garcez e a Pereira Barreto, em direção à Santo André. A escola ficava próxima a Praça Samuel Sabatini e funcionava na antiga casa da ex-prefeita Tereza Delta, hoje Palácio Olavo Setti.
Íamos para o campo já aquecidos da aula do professor Dr. Gastão, advogado, que por incrível que pareça, ministrava suas aulas de ginástica com paletó, gravata e camisa branca – mesmo assim nos ensinava os movimentos dos exercícios. No terrão ficávamos só de calção e camiseta regata jogando até próximo do início das aulas do período da tarde. Após comer um lanche comprado no posto de gasolina do Horita ou na cantina da escola, o jeito era tirar o excesso de suor e de pó e vestir o uniforme de brim cáqui, camisa e gravata para assistirmos às aulas.
Assim nos preparávamos para disputas de partidas de futebol, muito comum na época entre os colégios existentes em São Bernardo e outras cidades. Onde hoje está a Praça Brasil e parte da Av. Faria Lima, existia o Campo do Brasil, gramado, tamanho oficial e muito utilizado para disputa de partidas de clubes entre funcionários de fábricas, escolares, clubes de bairros de São Bernardo, etc.
Os torcedores se aglomeravam em volta do campo aberto, em pé, assistindo a partida. As fotos são dos anos 1960, no Campo do Brasil, com os alunos da Escola João Ramalho.
Vicente C. D’Angelo – integrante da Ame (Associação dos Amigos da Memória de São Bernardo)

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