A primeira-dama de Santo André, Ana Carolina Barreto Serra (Cidadania), é pré-candidata a deputada estadual. Na atual legislatura, há seis deputados estaduais do ABC, porém nenhum oriundo do município.
A pré-campanha de Carolina já nasce exitosa. É fruto do trabalho executado pela primeira-dama à frente do Núcleo de Inovação Social e do Fundo Social de Solidariedade, desde o primeiro mandato do prefeito Paulo Serra (PSDB). Ao longo deste período foram mais de 245 mil itens arrecadados para famílias em situação de vulnerabilidade social, 3,8 mil toneladas de alimentos, que atendem cerca de 117 entidades.
Entre os projetos, o destaque fica por conta do ‘Moeda Verde’, que consiste na troca de resíduos recicláveis, por alimentos. Já foram distribuídas mais de 140 toneladas de alimentos por toda a cidade em troca de 670 toneladas de lixo. A ação também foi premiada como o segundo melhor programa do Brasil, pela Rede Política de Ação pela Sustentabilidade (RAPS), por beneficiar quase 100 mil pessoas.
Ana Carolina conta que sua escolha para entrar na política, disputando um cargo eletivo, pela primeira vez, não partiu do grupo político ou do seu marido e prefeito. “Não foi uma decisão do grupo político e muito menos do meu marido. Essa decisão vem embasada num pedido das pessoas, ao andar nas ruas. Não é uma vontade pessoal minha. As pessoas pedem por essa representatividade. Acredito que esse pedido vem pela questão do trabalho que realizei, da oportunidade que tive em fazer por Santo André, enquanto primeira-dama,” revela.
A pré-candidata também ressalta a importância da representatividade feminina. “Na atual fase que vivemos, pensamos na importância da representatividade feminina e da ampliação desses trabalhos sociais. Então, antes de mais nada, essa candidatura vem atender um pedido das pessoas, principalmente de Santo André”, conta.
Questionada sobre a escolha do partido, Ana Carolina explica que optou por se filiar ao Cidadania. “Fui muito bem acolhida pelo Cidadania, principalmente, porque é um partido que atende muito as demandas sociais e dá importância e o devido valor para a representatividade feminina. Então, na hora da escolha do partido, foi o partido que agregou essa vontade e esse trabalho que fizemos em Santo André”, diz.
A causa social será a principal bandeira que a pré-candidata defenderá na Alesp, caso seja eleita. “A ideia é ampliar os projetos do Núcleo de Inovação Social. Recebemos pessoas de outros municípios e Estados, que querem implantar nossos projetos. De fato, eles têm efetividade e tornam melhor a vida das pessoas em algum momento. Mas, queremos, principalmente, fortalecer a região, que tem um protagonismo muito importante, mas deixa de ter representantes à altura. Então, quanto mais representantes a região tiver, mais poderemos trazer essas emendas para a cidade, para a região, que são tão necessárias, mostrando a importância de um trabalho conjunto”, avalia.
Ana Carolina não acredita que haja rivalidades entre os pré-candidatos ligados a outros prefeitos da região, como em São Bernardo e São Caetano, para serem os mais votados do ABC. “Não tenho essa pretensão de ser a mais votada. Espaço tem para todo mundo. Basta querer trabalhar e trabalhar bem a favor das pessoas. Então, acreditamos que temos espaço para todos, nos três municípios e quanto mais representantes tiver, mais conseguimos melhorar a vida das pessoas na região”, enfatiza.
Apesar dos altos índices de aprovação e reeleição com mais de 76% dos votos válidos, e do seu trabalho desenvolvido enquanto primeira-dama, Ana Carolina não acredita que sua pré-campanha já tenha nascido vitoriosa. “Uma candidatura só é vitoriosa após a apuração das urnas. O que vemos em relação à pré-candidatura é a vontade das pessoas de ter um representante para que leve a elas, aquilo que a Ana Carolina já levou para Santo André. O que se pode falar é do reconhecimento de um trabalho que sempre foi feito, desde janeiro de 2017 para melhorar a vida das pessoas em Santo André e isso é um trabalho que foi feito pelo Paulo Serra, por mim, e por toda uma equipe. E se nós conseguimos concretizar esse trabalho é porque andamos na cidade, ouvindo as pessoas”, destaca.