De repente, não mais que de repente, 2024 acabou e a sensação que fica é a de que o ano “passou voando”, mesmo com 366 dias (2024 é um ano bissexto) e as horas com 60 minutos. O Ano Novo já está batendo em nossas portas e, com ele, a esperança de paz e dias melhores.
O ano passou “voando” porque estamos cada vez mais conectados e as coisas parecem acontecer mais rápido no mundo online. Além disso, há o apelo à produtividade, ou seja, de colocar, cada vez, mais atividades em uma janela curta de tempo. Assim, acelerar a produtividade ou colocar compromissos demais na agenda fazem com que se tenha a impressão de que o tempo está rápido demais, mas, na verdade, é apenas distração demais para se concentrar no presente.
Mas, com a chegada do ano novo, não há quem não tenha esperança de dias melhores, com mais tempo para ficar com filhos, para se cuidar, estudar, ler, ou fazer alguma atividade que não seja trabalhar. Ano Novo, Vida Nova. Aliás, quem não sonha com uma nova vida, num ano novo?
O ano de 2025 não parece tão promissor em relação à economia brasileira, com um pacote de corte de gastos proposto pelo governo que sofreu alterações por parlamentares desidratando a proposta original, reduzindo a economia prevista pelo governo, e assim, contribuiu com desvalorização do real e consequentemente da elevação do dólar, que atingiu o patamar dos R$ 6,30.
Porém, como diz o ditado popular: “a esperança é a última que morre”. Haverá esperanças, pelo menos, de melhorias na região do ABC. Novos prefeitos eleitos chegam com a promessa de “melhorar o que já está bom” e, assim, voltar a trazer o protagonismo do ABC no cenário nacional.
O Ano Novo, contudo, vem com força total. As esperanças são renovadas. O otimismo toma conta de cada um e permanece a esperança de que tudo será melhor no próximo ano, mesmo com a crise nacional e os desafios mundiais, principalmente, relacionados às catástrofes ambientais intensificadas pelas mudanças climáticas.
Mesmo com todas essas coisas ruins rondando, o brasileiro continua forte, otimista e acreditando neste País, mesmo com os políticos fazendo tudo para piorar a situação cada vez mais. Esse otimismo, de um modo geral, acaba mesmo contagiando a todos. É bom para as comemorações, neste final de ano, pois “ninguém é de ferro”.
E que em 2025, possamos aprender a ter mais tempo para o que, de fato, nos faz bem. A vida não pode ser só trabalhar e pagar conta. Relacionamentos não podem ser só cobranças, amigos não podem ficar só no “vamos marcar mesmo”, a convivência com os filhos não pode ser só perguntar como foi a escola. A preocupação não pode ser só com o trabalho, os investimentos e o dólar. Os dias estão passando muito rápido, os celulares estão consumindo nossos preciosos minutos de conversas, de carinho e de risadas. Devemos pedir e conceder perdão, ser leves. Um dia, a hora chega e quem viver, viveu.
Então, como diria a célebre canção de David Nasser e Francisco Alves, cantada sempre, no final de cada ano: “Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize, no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender”. Um feliz ano novo a todos!
Adicione um comentário