Este ano o Brasil recebe a ONU e dezenas de milhares de visitantes de todo o mundo – diz-se que podem chegar a mais de cem mil pessoas! – para a COP30. Será em Belém, no Pará, em novembro. Mas o clima COP tem de contaminar todas as cidades do país. É a oportunidade para tratar dos assuntos mais sérios e que mais nos afligem neste primeiro quarto do século 21.
Um deles, e talvez dos mais graves, é a precariedade do saneamento básico. A falta de cultura da política partidária e a ausência de educação de qualidade propiciada à população, ambas fazem com que o gasto público se destine a inutilidades: shows, propaganda do governo, consultorias encomendadas, etc. Quando nada se faz para levar água a 32 milhões de brasileiros e tratar o esgotamento doméstico de outros 90 milhões.
A cada dia, despeja-se na natureza o equivalente a cinco mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento. Por isso é que a água tem coliformes fecais, além dos resíduos de fármacos não eliminados no tratamento, cocaína – expelida na urina – e os malditos microplásticos. Estes já chegaram às artérias e a outros órgãos humanos, inclusive atingiram o cérebro.
Em lugar de convescotes, de exibição de folclore, de viagens que emitem mais gás carbônico que envenena a atmosfera, o clima de COP30 deve contemplar temas importantes como esse: fazer o saneamento básico em todas as cidades. Cuidar do abastecimento de água. Plantar árvores, a tecnologia mais eficaz, mais barata e mais inteligente para melhorar o clima. Contamos com inúmeras espécies arbóreas, dos biomas que nos interessam e isso deve ser a preocupação maior dos municípios neste 2025.
Se o Brasil se tornar mais verde, haverá menos mortes, menos problemas mentais, menos miséria e menos depressão. Isso é cientificamente comprovado. E todos podem fazer alguma coisa por sua cidade. O verdadeiro herói em 2025, é aquele que conseguir plantar mais árvores em todo espaço disponível. E ajudar a conscientizar a população de que a maior amiga da vida se chama ‘árvore’.
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