Chega a época mais iluminada do ano, o Natal. É tempo de uma trégua para a reflexão, da busca da paz interior, da harmonia, entendimento, confraternização, reconciliação e de todos os preceitos oriundos do Cristianismo. É o dia de aniversário de Jesus Cristo, que criou uma religião, ou filosofia de vida, denominada de Cristianismo.
O dia 25 de dezembro é consagrado à lembrança que Jesus Cristo viveu entre nós. Sofreu e morreu na cruz, deixando um legado de princípios éticos e morais que, se fossem seguidos à risca, tornariam a vida mais feliz e harmoniosa. O Natal, por esse motivo, é dedicado à reflexão, à análise de nosso comportamento, de nossa vida e das coisas que passam à nossa volta. O dia de Natal deve ser marcado pela prática do bem, pela paz e pela oração.
Não se trata, apenas, de uma questão religiosa, mas um período importante para meditar, refletir, analisar à luz dos ensinamentos deixados por Jesus Cristo. Se todos fizessem isso, pelo menos uma vez por ano, o mundo seria um lugar bem melhor para se viver.
Porém, ano após ano, as luzes de Natal, que celebram o nascimento de Jesus, são ofuscadas pelo consumismo exacerbado. Muitas pessoas associam o Natal à compra de presentes caros e de ceias elaboradas com tantos pratos, que todos os convidados são incapazes de comerem. Nas decorações natalinas das Prefeituras e em muitos shoppings da região, por exemplo, não faltaram árvores de Natal gigantes, Papais-noéis, muitas atrações, brinquedos e até neve artificial, mas não sobrou espaço para o presépio, símbolo do nascimento de Jesus, em meio a roda-gigante ou pista de patinação.
O motivo para não haver um presépio nas decorações, sejam das Prefeituras, escolas ou shoppings é o mesmo. Dizem que não se pode montar um presépio porque senão quem acredita em outra cultura ou religião poderia ficar ofendido.
Não dá para entender, como um menino nascido em uma manjedoura pode ofender alguém? Como uma família que foge para proteger esse menino pode te ofender? Como a cultura de valores nobres e dignos pode te ofender?
Acreditando ou não em Deus, o nascimento de Jesus, ilustrado nos presépios, é um símbolo que resume os valores que fundaram toda a nossa civilização. Símbolo que nos ensinaram sacralidade da vida. A celebração ao menino que está nascendo nos ensinou honestidade, lealdade, solidariedade, tolerância, respeito, compaixão, caridade, justiça, paz e humildade.
Todos esses valores vão muito além da religião cristã a qual o nascimento de Jesus foi inserido. Gostando ou não, acreditando ou não, esses ensinamentos foram propagados por Jesus Cristo e nortearam toda a estrutura da nossa sociedade.
Basta acessar redes sociais ou ligar a TV e assistir inúmeros vídeos e comerciais com campanhas agressivas incentivando o consumo, as lojas ajustam os estoques para evitar perdas e otimizar o seu rendimento durante a temporada e até o Papai Noel se movimenta em trenós multimilionários.
Chega a ser um paradoxo obsceno associar a data do nascimento de Cristo, tradicionalmente associado a humildade, compaixão e solidariedade ao consumismo desenfreado de presentes e exagero de pratos na ceia natalina, enquanto são perpetuadas práticas de desigualdade e exclusão.
Portanto, neste Natal, que possamos nos lembrar de celebrar o verdadeiro significado da data e encher nossos corações de luz, amor e gratidão a todos os ensinamentos de Jesus Cristo, que edificaram a nossa civilização e que são a receita para tornar qualquer ser humano, uma pessoa melhor.
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