O prefeito de São Caetano, José Auricchio Jr, e seu vice, Beto Vidoski, foram denunciados, na terça (12), ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo por caixa 2 e formação de organização criminosa durante as eleições municipais de 2016. Mais sete pessoas também foram denunciadas pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) paulista.
Se Auricchio e Vidoski forem condenados, poderão cumprir penas superiores a 30 anos de prisão, além da perda do cargo público e pagamento de multas.
Em nota, a assessoria do prefeito de São Caetano afirmou que a denúncia “se trata de opinião do Ministério Público Federal, ainda pendente de apreciação pelo Tribunal Regional Eleitoral’, que Auricchio está à disposição da Justiça Eleitoral para prestar esclarecimentos necessários ainda que ele tem certeza da correção de sua conduta, confia na Justiça e acredita que os fatos serão elucidados.
As investigações começaram em maio de 2017 e revelaram que 54% do dinheiro arrecadado para a campanha eleitoral foi proveniente de doações suspeitas. O esquema, segundo a PRE, utilizada diversas pessoas físicas para camuflar a origem dos recursos que financiaram a campanha à prefeitura de São Caetano e que abasteceram o caixa do diretório local do PSDB no mesmo período. Entre os ‘laranjas’, havia uma pessoa hospitalizada e uma pessoa sem condições financeiras de realizar doações milionárias. Porém, a principal conta bancária utilizada foi a de uma pensionista do INSS pela qual passou cerca de R$ 1,4 milhão, quantia que abasteceu, direta ou indiretamente, a campanha eleitoral e o partido.
A Procuradoria solicitou a instauração de inquérito policial à Superintendência da Polícia Federal de São Paulo e pediu ainda indenização, material e moral, de R$ 6 milhões.