
A Auroraeco, operadora do segmento de luxo pioneira em turismo de aventura, está completando 25 anos de atuação. O CEO, Guilherme Padilha, em entrevista exclusiva, revelou que a empresa nasceu de um sonho em 1999, com a convicção de que viajar “é muito mais do que deslocar-se, é transformar-se”. Ao longo dos longos, Padilha disse que o mundo mudou e o viajante também, pois desejam viver experiências transformadoras. “Hoje, percebo que nossos clientes não buscam apenas destinos: buscam sentido”, afirma.
O CEO conta que entre os destinos mais procurados estão os Lençóis Maranhenses, a Patagônia, o Deserto do Atacama, a Amazônia, o Pantanal e o Peru e que a busca pelo slow travel cresce de forma notável.
Para 2026, Padilha diz que haverá “muitas novidades”. Entre elas, a ampliação da oferta de cavalgadas, com novos roteiros no Brasil, no Peru e até em Botswana. “Também estamos desenvolvendo novas imersões artísticas em destinos remotos”, adianta.
FOLHA DO ABC- Nestes 25 anos de atuação da Auroraeco, como define a trajetória da empresa no segmento de luxo de turismo de aventura?
Guilherme Padilha- Quando olho para os 25 anos da Auroraeco, sinto uma profunda emoção. Nossa trajetória nasceu de um sonho em 1999: criar experiências que conectam as pessoas à essência da natureza e à alma da América Latina. Desde a Chapada Diamantina até os confins da Amazônia, desde Mendoza até os desertos do Chile, fomos costurando roteiros como verdadeiros artesãos, sempre com a convicção de que viajar é muito mais do que deslocar-se, é transformar-se.
A Auroraeco sempre buscou ser pioneira. Fomos dos primeiros a levar o cicloturismo de alto padrão para a América do Sul, a transformar expedições em vivências de conexão genuína e a abrir caminhos onde antes não havia estrutura para receber o viajante. Essa coragem, unida ao compromisso inegociável com a sustentabilidade, é o que nos define até hoje.
Mais do que uma empresa de viagens, nos tornamos artesãos altamente especializados em experiências raras, de encontros que mudam o olhar de quem viaja conosco. E o reconhecimento que recebemos é apenas consequência dessa fidelidade ao nosso propósito: criar momentos inesquecíveis com impacto positivo no mundo.
FOLHA- Quais as principais mudanças em relação ao que os clientes procuram e esperam do turismo de luxo de aventura ao longo desses 25 anos?
Padilha- O mundo mudou e o viajante também. Hoje, percebo que nossos clientes não buscam apenas destinos: buscam sentido. Querem autenticidade, personalização, querem que a viagem reflita quem eles são e ao mesmo tempo amplie as conexões e os horizontes.
A sustentabilidade, que sempre esteve no DNA da Auroraeco, deixou de ser um diferencial e se tornou uma exigência. O luxo, antes atrelado ao excesso, agora é sobre consciência, tempo, bem-estar e profundidade. Vejo cada vez mais pessoas desejando viver experiências transformadoras — seja pedalar entre os lagos andinos, navegar pela imensidão da Amazônia ou se entregar ao silêncio de um refúgio de campo.
Ao longo desses anos aprendi que o verdadeiro luxo é viver intensamente a cada momento. É estar presente, é se permitir mergulhar na cultura local, é se emocionar com as histórias, os sabores, as paisagens, é de criar um impacto/relação positiva nas pessoas e nos destinos. Essa é a essência imutável do que fazemos e nossa razão de existir como empresa.

FOLHA- Atualmente, quais são os destinos e experiências mais buscadas?
Padilha- A busca pelo slow travel cresce de forma notável: viagens que deixam de ser apenas visitas e se transformam em convites a sentir, aprender e se transformar. Em vez de percorrer inúmeras localidades, o viajante deseja hoje mergulhar em uma micro-região, explorando seus temas e vivências de maneira profunda. Assim, uma viagem pela Amazônia pode se entrelaçar com a literatura; na Patagônia, com a música; no Peru, com a fotografia e a história. Artes e viagens se complementam, dando mais sentido e emoção à jornada.
A Auroraeco sempre foi uma empresa de viagens ativas, onde a caminhada, a pedalada ou a cavalgada se tornam não apenas meios de deslocamento, mas a própria essência da experiência. Esse ritmo mais humano permite estar em contato íntimo com cada região visitada. O interesse por esse tipo de viagem cresceu ainda mais no pós-pandemia, impulsionado pela busca por destinos remotos, ao ar livre e em conexão direta com a natureza.
Entre os destinos mais procurados estão os Lençóis Maranhenses, a Patagônia, o Deserto do Atacama, a Amazônia, o Pantanal e o Peru, cada um deles oferecendo experiências únicas e transformadoras.
FOLHA- Quais as novidades planejadas para 2026? O que será tendência?
Padilha- Temos muitas novidades pela frente. Vamos ampliar nossa oferta de cavalgadas, com novos roteiros no Brasil, no Peru e até em Botswana, sempre buscando unir natureza, cultura e emoção. Também estamos desenvolvendo novas imersões artísticas em destinos remotos, mas esses detalhes ainda precisam ficar em segredo, não posso dar todos os spoilers agora. Além disso, em breve teremos operações em novos destinos surpreendentes, que certamente irão surpreender nossos viajantes.
Mais do que seguir tendências, acredito que a grande realidade do turismo de luxo hoje, e do futuro, são as viagens responsáveis e verdadeiramente transformadoras, capazes de criar conexões profundas entre o viajante, as pessoas e o destino visitado. Esse é o espírito que sempre nos guiou e continuará guiando em 2026 e além.
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