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Balança comercial tem superávit de US$ 2,2 bi em janeiro

 A balança comercial brasileira apresentou, na primeira semana de janeiro, crescimento de US$ 434,5% na média diária do saldo, em comparação com o mesmo período de  2023. Assim, a balança registrou superávit de US$ 2,2 bilhões, sendo US$ 6,1 bilhões em exportações e US$ 3,9 em importações. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

   As exportações, na média diária, avançaram 48,5% na primeira semana de janeiro, em comparação ao ano passado, para US$ 1,538 bilhão. Os setores que mais se destacaram foram a indústria extrativa (+85,1%), agropecuária (+54,3%) e indústria de transformação (+33%). As importações subiram 5,6%, para US$ 984,17 milhões.

   Analisando a balança comercial brasileira em 2023, o País terminou o ano com superávit recorde de US$ 98,8 bilhões. O saldo representa alta de 60,6% em comparação com o número de 2022, US$ 61,5 bilhões. Segundo dados do Ministério, em 2023, as exportações alcançaram US$ 339,67 bilhões, crescimento de 1,7% em relação aos números de 2022, superando o recorde de US$ 334,1 bilhões em 2022. Já as importações, totalizaram US$ 240,8 bilhões ante US$ 272,6 bilhões em 2022, queda de 11,7%. O superávit recorde de US$ 98,8 bilhões em 2023 supera a previsão de US$ 93 bilhões feita pelo governo em outubro passado.

   O setor com maior crescimento ano passado foi o agropecuário, que somou US$ 81,48 bilhões nas exportações, alta de 9%. As altas vendas no setor podem ser justificadas, entre outros fatores, às safras recordes de soja e milho. A soja foi um dos principais produtos exportados pelo Brasil em 2023, representando 15,7%.

   A indústria extrativa registrou crescimento de 3,5%, chegando a US$ 78,83 bilhões em exportações, tendo como principais produtos os óleos brutos de petróleo e o minério de ferro, representando 12,5% e 9% das exportações, respectivamente. No setor da indústria de transformação, tiveram destaque as exportações de aparelhos elétricos e máquinas para mineração.

   Os principais destinos das vendas brasileiras ano passado foram a China, Argentina, Uruguai, Paraguai, México, Indonésia, Argélia e Vietnã. Na China, as exportações bateram recorde com aumento de 16,5% em valor e de quase 30% em volume, fazendo o país se tornar o primeiro destino de exportações do Brasil a superar o valor de US$100 bilhões. A Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, registrou crescimento de 8,9% nas exportações, totalizando US$ 16,72 bilhões.

   A expectativa do Ministério para 2024 é um leve recuo na balança comercial, mas com recorde na venda de produtos. São esperados US$ 348,2 bilhões em exportações e US$ 253,8 bilhões em importações, totalizando superávit de US$ 94,4 bilhões.