As tão conhecidas salas de descompressão fizeram sucesso entre as grandes empresas de tecnologia do Vale do Silício a partir dos anos 2000, e se espalharam pelos escritórios mundo afora. A pandemia contribuiu para acelerar as transformações nesses espaços, mas como ficaram as fábricas? Nesse sentido, a BASF inaugura seu primeiro espaço de descompressão voltada para suas unidades na América do Sul.
A sala, inaugurada no Complexo de Tintas e Vernizes de São Bernardo, em dezembro de 2022, responsável pela produção de tintas decorativas e automotivas, conta com um ambiente personalizado que leva o tema “Constelações”. As paredes são pintadas com imagens que fazem referências ao universo, além de possuir efeitos sonoros e música ambiente, aroma próprio, uma cadeira de massagem e puffs, com objetivo de ser um lugar de autocuidado, pausa restaurativa e respiro.
Como explica Camilla Bonelli, Gerente Regional de Bem-Estar na BASF, o espaço leva consigo o conceito de “Bem-Estar no Local de Trabalho”, porque proporciona uma infraestrutura que acolhe e apoia colaboradores e colaboradoras. “Não podemos esquecer que as fábricas não passaram por transformações como os escritórios durante a pandemia, e por isso também precisam de um local que permita o colaborador descansar o corpo e a mente”, afirma.
Uma sala de descompressão é um ambiente planejado para receber aqueles que queiram pausar a rotina, mesmo que por alguns minutos, e voltar às atividades mais relaxados e dispostos. Nesse sentido, o espaço passa por um estudo comportamental e arquitetônico para identificar quais elementos funcionam melhor para o perfil de usuários do local.
Na BASF, esse conceito faz parte de uma estratégia que procura valorizar a saúde integral dos colaboradores, ou seja, dar a eles melhores condições de trabalho, momentos de prazer e relaxamento em meio ao expediente. A preocupação sobretudo com a saúde mental e o bem-estar se tornou cada vez mais presente nas organizações.
Segundo pesquisa realizada pela Gympass, plataforma colaborativa de atividade física, 83% das pessoas acreditam que o bem-estar é tão importante quanto o salário e, 77% afirmam que deixaria uma empresa se sentirem que o bem-estar não é priorizado.
“Nosso grande objetivo tem sido a prevenção ao burnout e a doenças crônicas e silenciosas – como o câncer e a diabetes, por exemplo -, promovendo muitas iniciativas para expor, conscientizar, acolher e apoiar a todos e todas, principalmente aos que estão em casa que, teoricamente, são mais difíceis de acompanhar de perto”, explica Bonelli.
Camilla conta que as ações desenvolvidas na companhia seguem quatro grandes pilares de atuação: infraestrutura, atividades, experiências e programas. “No que se refere à infraestrutura, em 2022 estivemos envolvidos em reformar os escritórios para trazer o bem-estar para as estruturas. Além disso, temos feitos intervenções importantes nos espaços de lazer das fábricas com objetivo de modernizá-los para atender todos os públicos”, diz.
Como as instalações das fábricas não são tão simples de serem reformadas, desenvolver políticas de saúde mental e bem-estar exigem estratégias próprias. Para quebrar tabus e educar as pessoas para o cuidado com a saúde integral, visitas ao chão das fábricas para promover diálogos e oferecer dinâmicas terapêuticas se somam ao restante das ações proporcionadas pela empresa.
“Pensamos na saúde integrada de seus colaboradores antes mesmo da pandemia. Desde 2015, oferecemos ferramentas e serviços para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, por meio de recursos como horários mais flexíveis, oportunidades de home office e programas de auxílio à saúde emocional e física dos profissionais.”
Além do aumento do bem-estar e da produtividade dos profissionais, manter um clima organizacional saudável e fortalecido também favorece o sucesso da companhia, já que os colaboradores se sentem menos propensos a sair da empresa. Quando as coisas vão bem, o relacionamento com colegas e clientes também melhora, construindo um ciclo virtuoso que beneficia todos os envolvidos.
Com 5.993 colaboradores na América do Sul, a BASF possui 13 unidades produtivas no continente, sendo 8 delas no Brasil.