Bennet Lester Carter, ficou conhecido no mundo do jazz como Benny Carter. Nascido no dia 08 de agosto de 1907 na cidade de New York, foi também compositor e um pioneiro no sax-alto, juntamente com Johnny Hodges. Desde o início da carreira, na década de 1920, foi arranjador, incluindo composições para a black band do pianista Fletcher Henderson. Uma carreira excepcionalmente longa até a década de 1990 e indicado para oito prêmios Grammy.

Em 1980, Benny esteve se apresentando, juntamente com a compositora, arranjadora e pianista Mary Lou Williams, no Festival Internacional da TV Cultura de São Paulo. Na infância, recebeu aulas de piano da mãe e tornou-se exímio ao trompete e sax-alto e ao C´melody. Sua aparição no disco deu-se 1927 como membro do “Paradise Ten” liderado por Charlie Johnson.
Com pouco mais de 20 anos, trabalhou como arranjador para diversas bandas negras, mesmo não tendo formação básica e aprendendo com denodo e determinação, compondo primeiro para o trompete e o saxofone, por longo tempo antes de compreender o que era uma partitura musical.
Ao deixar Fletcher Henderson, assumiu o antigo emprego do arranjador Don Redman como líder da “McKinney´s Cotton Pickers” (Coletores de Algodão McKinney) em Detroit. Em 1932, formou uma banda em New York, que incluía os instrumentistas Chu Berry, Sid Catlett, Frankie Newton, Dicky Wells, Wayman Carver e o pianista Teddy Wilson, com arranjos de Benny para os temas “Keep A Song In Your Soul” (Guarde a canção em sua alma) e ”Lonosome Nights” (Noites solitárias), arranjos escritos para saxofones.
No início da década de 1930, Carter e Hodges eram considerados os principais saxofonistas altos. Carter também se tornou importante solista de trompete, tendo redescoberto o instrumento e gravando extensivamente, mudando-se posteriormente para Londres onde passou dois anos como arranjador da (BBC) British Broadcasting Corporation Big Band. Na Inglaterra, França e Escandinávia, gravou com músicos locais, levando a banda para a Holanda. Nesses ambientes apresentou-se à clarineta, piano, saxofone alto e tenor, fazendo vocais ocasionalmente.
Em meados dos anos 1940, retornou à América do Norte, radicando-se em Los Angeles, ao formar outra big band, incluindo os instrumentistas J.J. Johnson, Max Roach e Miles Davis. Porém, essas seriam as últimas big bands, com exceção de concertos ocasionais e apresentações com o “Jazz At The Philharmonic” do produtor musical Norman Granz.
A cidade de Los Angeles lhe proporcionou muitas oportuni-dades para trabalhar em estúdios cinematográficos, como diretor musical de inúmeras películas, compondo e fazendo arranjos para “Stormy Weather” (Tempo de tempestade), em 1943. Durante as décadas de 1950 e 1960, escreveu arranjos para cantores e cantoras como Louis Armstrong, Ray Charles, Ella Fitzgerald, Peggy Lee e Sarah Vaughan.
Passou uma temporada no Oriente Médio, também visitando anualmente a Europa e Japão. O tempo teve pouco efeito em suas habilidades como músico. Ele, um dos poucos a ter gravado em oito décadas. Outra característica, foi a versatilidade, líder de bandas, arranjador e compositor, ajudando a definir o som do saxofone-alto, mas também do soprano, tenor, trompete, clarineta e piano. As inúmeras gravações com orquestras e em concertos instrumentais, receberam registros fonográficos das etiquetas Clave, Norgran, Verve, Pablo, Concord Jazz e Music Masters. Após longa e brilhante passagem pela música popular norte-americana do século XX, Benny Carter faleceu aos 95 anos, no Cedar-Sinai Medical Center de Los Angeles, no dia 12 de julho de 2003, devido a complicações de uma bronquite.

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