Na quinta (14), às 19h30, na sede da Sociedade Cultural Brasilitália de São Bernardo, será inaugurada a Biblioteca Antonio Vanzella, com acervo de 1.000 livros na língua italiana. A sala da biblioteca que levará o nome do saudoso e ilustre homem público, justificando a sua brilhante carreira profissional, política e com marcantes relações na vivência com os membros da entidade e com os italianos, ficará gravada como a eterna gratidão com preito de saudades.
Nascido em Tibiriçá/SP, aos 09 de outubro de 1933, ainda criança sua família veio residir em São Bernardo e, seus pais, Domingos Vanzella, italiano originado da Comune de Susegana, Província de Treviso, Regione do Veneto, e sua mãe, Tereza Toller, constituíram um dos mais tradicionais troncos da colônia italiana. Fez os estudos nas escolas da cidade, e em 21 de abril de 1974, foi um dos participantes da fundação da Sociedade Cultural Brasilitália, tendo elaborado o Estatuto Social, a implantação do Curso de Italiano, formação do Coral, dentre outras atividades administrativas prestadas desde o seu início. Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, exerceu o cargo de Diretor Legislativo da Câmara Municipal, Jurista e Trovador, elegeu-se Vereador, foi Chefe de Gabinete do Prefeito Tito Costa.
Por sua iniciativa promoveu a escolha do terreno que abrigaria a almejada futura sede, com as tratativas para a formalização do Direito Real de Uso por 50 anos, por ato firmado pelo Prefeito Tito Costa. Na condição de Vice-Presidente da Diretoria, então presidida por Alfredo Todesco, participaram da construção e inauguração da sede, em 15 de agosto de 1982. Pelo que se verifica, dedicou-se inteiramente aos destinos da entidade, pois prestou relevantes trabalhos na atuação da tradição e cidadania, visto o seu caráter ilibado e exemplos na vida cotidiana.
A denominação com o seu nome bem justifica, pois através dos seus trabalhos jurídicos e sociais prestados na entidade desde a fundação e durante todo o tempo solidificaram os laços de integração e dedicação para o pleno desenvolvimento. Na família, na vida profissional e social, na convivência com a colônia italiana, ainda se faz mister guardar a sua lembrança com a autoria das suas famosas trovas, que foram muito premiadas.
Assim, vale relembrar: “Saudade, lembrança acesa/não de um amor que passou/ mas, sim, com toda certeza daquele amor que ficou!”. Faleceu em 26 de fevereiro de 2013, deixando a viúva Elci, os filhos Fernando, Patrícia e Paulo Henrique, e uma legião de amigos e admiradores.