Os carros elétricos chineses estão cada vez mais baratos. A BYD, que é a maior fabricante de veículos elétricos da China, reduziu o custo de vinte e dois modelos elétricos e híbridos. O preço inicial de seu modelo mais barato o Seagull, caiu para 43 mil reais. E parece que o preço poderá cair ainda mais.
É um estímulo a que todas as pessoas só adquiram veículos movidos a energia limpa, no caso a elétrica. Parece que a tendência de baixa preocupa a China, que reprime a competição improdutiva e autodestrutiva entre empresas e governos locais. Criou-se um excesso de capacidade com a consequente redução dos lucros.
Existem cento e quinze marcas chinesas de veículos elétricos, de acordo com a Jato Dynamics, uma empresa de pesquisa. Mas a BYD é a mais conhecida e a mais lucrativa. Ela tem escala de produção e integração vertical. Controla tudo, desde direitos de mineração de minerais necessários para construir suas próprias baterias, até navios de carga para transportar seus carros para mercados estrangeiros.
Mais da metade da produção da BYD será para a exportação, principalmente para a América Latina. Que o Brasil se beneficie, podendo comprar carro mais barato e não poluente. E vêm aí os veículos elétricos de longo alcance: Erevs, na sigla em inglês. Têm pequenos motores da gasolina que servem apenas como geradores para estender o alcance de suas grandes baterias.
A opção pelo carro elétrico é uma urgência imposta pelo agravamento das emergências climáticas, resultantes do aquecimento global produzido pela excessiva emissão de gases venenosos do efeito-estufa. Se o que é bom vier a ser ainda mais barato, é disso que o consumidor brasileiro está a necessitar. Agora, mais do que nunca, diante da geopolítica de retrocesso que tomou conta de boa parte do mundo.
Agora falta todos os governos – União, Estados e Municípios – incentivarem a aquisição e o uso de carros elétricos. Sem isso, ainda que o custo seja menor, a ignorância será uma resistência natural à transição energética de que a humanidade está a necessitar com pressa. Sem ela, as consequências serão nefastas. Não é pagar para ver.
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