Negócios

Brasil registra 47 milhões de empreendedores

Duas faixas etárias têm se destacado no empreendedorismo inicial no Brasil: a população de 35 a 44 anos e a dos 55 aos 64 anos

   O Brasil atingiu a maior taxa de empreendedorismo dos últimos quatro anos. Em 2024, a taxa passou a 33,4%, ante a 31,6%. Hoje, são 47 milhões de brasileiros donos do seu próprio negócio, incluindo os formais e os informais. Os dados são da pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2024), feita pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo (Anegepe).

   Entre os fatores que contribuíram para este cenário está o aumento na Taxa de Empreendedores Estabelecidos, aqueles com mais de 3,5 anos de operação. Esse indicador passou de 8,7%, em 2020, para 13,2% em 2024. Com o resultado do ano passado, o País avançou duas posições, da oitava para a sexta, no ranking de países com a maior Taxa de Empreendedores Estabelecidos, à frente de países como Reino Unido, Itália e Estados Unidos.

   A pesquisa ainda mostra que a taxa de “Empreendedorismo Total”, que reúne também os empreendedores iniciais (com até 3,5 anos de atividade), subiu de 30,1% para 33,4% em 2024.

   Duas faixas etárias têm se destacado no empreendedorismo inicial no Brasil: a população de 35 a 44 anos e a dos 55 aos 64 anos. Em 2024, estas faixas etárias registraram a maior proporção já verificada desde 2002.

 Segundo o levantamento, em 2024, no público de Empreendedores iniciais, a proporção de pessoas de 35 a 44 anos chegou à maior proporção da série histórica, com 30,8% do total de Empreendedores Iniciais. A faixa de 55 a 64 anos também atingiu a maior proporção da série histórica, com 13,3% do total de Empreendedores Iniciais.

   Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, o resultado da pesquisa indica que a população adulta brasileira está se sentindo mais confiante para iniciar a atividade empreendedora, tanto os jovens quanto os mais experientes.

   “Sessenta por cento dos brasileiros preferem ser empreendedores do que buscarem o emprego formal, há uma pulverização do empreendedorismo, que é a base sólida da economia brasileira”, afirma Décio Lima.

Empreendedorismo no ABC

 No ABC, o empreendedorismo também segue em alta. De 2020 a 2024, houve alta de 22,08% no número de empresas abertas na região, de acordo com dados do Sebrae-SP. Em 2024, foram abertas 69,95 mil empresas no ABC, ante 57,29 mil abertas em 2020. O número inclui MEI (Microempreendedor Individual), ME (Microempresa) e EPP (Empresa de Pequeno Porte). Somente este ano, já foram abertas 21,74 mil empresas na região.

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