
Quatro em cada dez brasileiros estavam inadimplentes em outubro, isso representa 68,11 milhões de consumidores. Em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve alta de 1,13%. De setembro para outubro, o número de devedores cresceu 0,94%.
Os dados foram levantados pelo indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), com informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal. Segundo observação das entidades, a variação anual observada em outubro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.
De acordo com o presidente da CNDL, José César da Costa, a alta da taxa Selic e a previsão de novas altas nos juros, o custo do crédito deve ficar pior para financiamentos e empréstimos, o que irá afetar ainda mais os consumidores endividados.
“O novo aumento da inadimplência indica um aperto financeiro persistente, principalmente para os consumidores da faixa etária de 30 a 39 anos, onde se concentra a maior parte dos devedores. Com o aumento da taxa Selic e a previsão de novas altas nos juros, o custo do crédito deve ficar pior para financiamentos e empréstimos, afetando ainda mais os consumidores endividados, principalmente aqueles com dívidas bancárias.
Esta é uma situação preocupante, já que a maior parte das dívidas em atraso se concentra no setor bancário, com crescimento de 4,16% nas dívidas dessa cate-goria”, destaca Costa.
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (25,28%). O número de devedores com participação mais expressiva em outubro é na faixa etária de 30 a 39 anos (23,70%).
De acordo com o estudo, são 16,84 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, o que representa metade (49,56%) dos brasileiros. Em relação ao sexo, 51,21% mulheres e 48,79% homens estão negativados. Em outubro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.425,73 na soma de todas as dívidas.
Adicione um comentário