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Braskem adere ao Pacto pela Promoção da Equidade Racial

O pacto, criado em 2021 pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), é uma iniciativa que propõe implementar um protocolo de ESG racial no Brasil

A Braskem acaba de oficializar sua adesão ao Pacto pela Promoção da Equidade Racial, que visa adotar ações afirmativas e promover mais oportunidades para pessoas negras. O objetivo é desenvolver, por meio de iniciativas concretas, um ambiente cada vez mais diverso. “A assinatura do Pacto foi uma forma de tornar o nosso compromisso público e reafirmar a intencionalidade da companhia na pauta racial. Nossa ambição é representar a sociedade onde estamos inseridos”, afirma Débora Ferraz, gerente global de Diversidade, Equidade e Inclusão e de Ambiente e Bem-Estar na Braskem.

O pacto, criado em 2021 pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), é uma iniciativa que propõe implementar um protocolo de ESG racial no Brasil. E isso permitirá que o tema seja trazido para o centro do debate econômico, chamando a atenção das empresas e da sociedade civil. “Precisamos perceber a questão racial como um investimento social e de ações afirmativas. O instituto apoia por meio da gestão de indicadores reais e incentivar a troca de experiência entre as companhias que fazem parte do Pacto”, afirma Gilberto Costa, diretor executivo da IDIS.

Atualmente, há nas unidades brasileiras da companhia 37% de integrantes negros, 41% da liderança técnica negra, 42% dos estagiários contratados também negros, mas ainda há muito a fazer. “Espero que tenhamos cada vez mais pessoas negras trabalhando conosco e que possamos nos encontrar em outros momentos como esse da assinatura do Pacto para celebrar novos e importantes avanços da nossa jornada de inclusão racial”, afirma Roberto Bischoff, CEO da Braskem.

Desde 2014, o programa de diversidade da marca tem iniciativas focadas no aumento da representatividade e no desenvolvimento das pessoas negras, além de outros grupos historicamente minorizados. E, pela primeira vez na sua história, a companhia conseguiu romper a barreira dos 37% de integrantes autodeclarados pretos ou pardos – em 2015, o número era de 28%. “O aumento de quase 10% nesse indicador se deve principalmente à intencionalidade que buscamos aplicar em todos os processos de contratação. Temos vagas afirmativas, banco de talentos negros e ações educativas que buscam dar maior clareza do contexto racial para todos os nossos integrantes”, afirma Marcelo Arantes, vice-presidente Global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da companhia.

No último programa de estágio, a companhia disponibilizou a “Jornada Preta”, uma programação online com vídeos, podcasts e fóruns de discussão para capacitar os estudantes e converter em inscrições. Os resultadores foram animadores: 42% das vagas foram preenchidas por pessoas negras. “Tivemos mais de 36 mil inscrições e, após as admissões, disponibilizamos um curso de inglês para todos os estagiários que tinham nível básico no idioma, além de trilhas de aprendizagem em ferramentas de trabalho como planilhas e criação de apresentações”, diz Débora. O programa trouxe ainda adaptações como a redução das vagas que exigiam inglês como requisito obrigatório.

“Temos a preocupação de fornecer acesso às pessoas negras e incentivá-las a estarem cada vez mais inseridas no ambiente corporativo. A assinatura foi um momento único para todas as pessoas, pois irá nos impulsionar a abordar a pauta racial e a abrir muitos espaços dentro e fora da companhia”, afirma Letícia Ramos, líder da rede de afinidade de raça da Braskem – um espaço de apoio e networking que auxilia no desdobramento das ações de pautas raciais.

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