Negócios

Braskem registra EBITDA de R$ 818 milhões 

Programas de resiliência e transformação da companhia contribuíram para os resultados alcançados

Planta Unib de Santo Andre
(Foto: Julio Bittencourt)

A Braskem apresentou, na terça (11), seus resultados financeiros do terceiro semestre de 2025. A empresa registrou um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de R$ 818 milhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 91% em relação ao segundo trimestre.  

Durante a apresentação, o vice-presidente Executivo Felipe Jens, apresentou os programas de resiliência e transformação da Braskem, que contribuíram para os resultados alcançados.

Entre os avanços no programa de resiliência, o executivo destacou ações que contribuíram para aumentar a competitividade da indústria química brasileira, entre elas a aprovação da aplicação provisória do direito de antidumping para o Polietileno importado dos Estados Unidos e Canadá e a manutenção da alíquota de importação de Polietileno, Polipropileno e PVC até outubro de 2026. Outro grande avanço foi a aprovação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 892/25, que deverá aumentar o REIQ e instituir o programa PRESIQ, que poderá gerar um impacto positivo de R$ 112 bilhões no PIB brasileiro até 2029.  Outras iniciativas com impacto em EBITDA, que geraram um impacto positivo de US$ 240 milhões em EBITDA em 2025 e US$ 330 milhões em caixa.

Na ocasião, foram destacados os principais efeitos do período analisado, em relação ao segundo trimestre de 2025, entre eles: valorização do real médio frente ao dólar; maior volume de vendas de principais químicos; maiores despesas com ociosidade pelo impacto das paradas programadas no Brasil e no México; priorização de vendas com maior valor agregado, entre outros.

No Brasil e na América do Sul, a taxa média de utilização das centrais petroquímicas foi de 65%, inferior ao trimestre passado devido à parada programada no Rio de Janeiro. Em relação às vendas de resinas no mercado interno, houve queda de 5%. Já as vendas de químicos cresceram 11% no mercado doméstico e 10% nas exportações. Nos Estados Unidos e na Europa, a taxa de utilização subiu para 79%, sendo beneficiada pela recomposição de estoques nos EUA. 

A geração operacional de caixa da companhia ficou negativa em R$ 334 milhões, sendo influenciada principalmente pelas maiores despesas com CAPEX e pelos maiores gastos com fornecedores. E a dívida bruta corporativa encerrou o período em aproximadamente R$ 44,8 bilhões com prazo médio de nove anos e 69% dos vencimentos a partir de 2030.

O CEO da companhia, Roberto Ramos, afirmou que a indústria química brasileira apresentou um nível de ociosidade de 39%, recorde dos últimos 30 anos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM). “A Braskem segue comprometida com disciplina financeira e execução do seu Programa de Resiliência e Transformação. É fundamental ressaltar a importância de uma agenda regulatória da Indústria Química Brasileira, com iniciativas como PL 892/25 e antidumping definitivo, de modo a fortalecer a competividade da indústria de forma justa”, ressaltou Ramos.

POLO PETROQUÍMICO DO GRANDE ABC – Na ocasião, a diretora de Relações com Investidores, Rosana Avolio, comentou sobre a representatividade da planta da Braskem no Polo Petroquímico do ABC.A Central do ABC é muito importante para a Braskem. Tem capacidade de produção de 85% e consumo de nafta e 15% de Hidrocarbonetos Leves de Refinaria (HLR). É uma central que tem um bom portfólio de produtos e proximidade importante com nossos clientes. Na média dos últimos anos, a planta tem operado com entre 80% e 85% de capacidade”, afirmou a executiva.

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