Para 2025, companhia irá implementar iniciativas para mitigação dos ciclos de baixa da indústria
A Braskem apresentou, na quinta (27 de fevereiro), os resultados financeiros do último trimestre de 2024. A petroquímica registrou EBITDA recorrente de US$ 1,1 bilhão em 2024, valor 46% maior do que o registrado em 2023. No quarto trimestre do ano passado, a geração recorrente de caixa foi de R$ 265 milhões e o EBITDA recorrente foi de R$ 557 milhões.
Um dos destaques em 2024, foi o recorde histórico de vendas do Polietileno Verde (PE Verde), que representaram um aumento de 25% em relação a 2023, chegando a quase 200 mil toneladas vendidas em 2024. Além disso, a companhia avançou na defesa da competitividade da indústria química brasileira, com o aumento no imposto de importação de produtos petroquímicos, de 12,6% para 20%, e com o anúncio do REIQ Investimentos, viabilizando aproximadamente R$ 614 milhões em sete projetos em PE, PVC e outros químicos. A Braskem também inaugurou novo centro de inovação em renováveis nos Estados Unidos.
Para o ciclo 2025-2027, o CEO da Braskem, Roberto Ramos, em coletiva de imprensa, revelou que uma das estratégias será implementar iniciativas táticas de mitigação dos ciclos de baixa da indústria. “Buscamos não só iniciativas estratégicas, mas iniciativas de defesa da Indústria Química Brasileira, através de medidas que nos deem uma proteção e condição de duelar com nossos concorrentes americanos, na área de Polietileno, e chineses, na área de Polipropileno em igualdade condições”, comentou o CEO. Outro foco será as ações para perpetuidade do negócio, com foco na geração de caixa, aumento de capacidade base gás e implementação de projetos bio-based. Segundo o CEO, O a primeira fase da estratégia será denominada como “Switch to Gas” e a segunda fase será o “Fly Up to Green”.
Outra novidade para 2025, é o projeto para expandir a produção de eteno na unidade do Rio de Janeiro, em parceria com a Petrobras. O objetivo é aumentar a capacidade de produção em 220 mil toneladas de eteno por ano, além dos volumes equivalentes de polietileno. O projeto contará com o investimento de aproximadamente R$ 233 milhões.
Para o ABC, Ramos revelou que a companhia também estuda a utilização de gás na região. “Temos investimentos previstos na planta do ABC, mas nada que aumente, substancialmente, a capacidade de produção da unidade. Estamos atentos a utilização de outras matérias primas. Já utilizamos um gás de refinaria que compramos da Petrobras na refinaria de Capuava. Pelo menos, em 2025, não teremos nenhum investimento relevante para aumentar a capacidade”, afirmou.
Maceió – A Braskem continua atuando para concluir as indenizações de famílias, comerciantes e empresários das áreas desocupadas de Alagoas. Até dezembro de 2024, foram apresentadas mais de 19 mil propostas, 99,9% do total previsto, sendo que mais de 98% das indenizações previstas já foram pagas.
Até o final de janeiro de 2025, os principais avanços nas frentes de atuação em Maceió foram: o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) com aproximadamente R$ 4,2 bilhões já desembolsados; a atualização da provisão para a frente de Fechamento das Cavidades de Sal, que atualmente considera o preenchimento com material sólido para 29 cavidades, enquanto 6 cavidades foram naturalmente preenchidas. Desta forma, caso sejam necessárias, estão provisionadas todas as ações que garantem que as 35 cavidades alcancem um estado livre de manutenção no longo prazo. Na frente de medidas socio-urbanísticas, 11 projetos foram definidos para mobilidade urbana, sendo seis concluídos, dois em andamento e três em planejamento.
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